Manuscrítica (Oct 2013)
O Macunaíma de Mário De Andrade nas Páginas de Koch-Grünberg
Abstract
Apresentarei, como resultado de estudos meus da bibliotecaMário de Andrade (1893-1945), minhas cogitações sobreum aspecto da criação literária que tem lugar nas estantes do polígrafo e intelectual conhecido como o pai da moderna cultura brasileira. Moderno em suas propostas e caminhos, Mário de Andrade realizou um crivo crítico, ao escolher, em seu sólido e sempre renovado lastro de cultura, tudo o que lhe pareceu coerente para a produção de uma obra brasileira atual, muitas vezes visionária. Apropriação, intertextualidade, diálogo da criação, antropofagia avant la lettre, o crivo crítico declara-se, em 1922, no verso que fecha a profissão de fé do poeta em “O trovador” − “Eu sou um tupi tangendo um alaúde!” −, no primeiro livro realmente moderno do modernismo brasileiro.