Revista de Pesquisa : Cuidado é Fundamental Online (Jan 2011)

UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA SOBRE OS BENEFÍCIOS DA PRÁTICA DE ATIVIDADES FÍSICAS NO COTIDIANO DOS PACIENTES PSIQUIÁTRICOS

  • Priscila Bastos Mayworm,
  • Ana Paula Carvalho Orichio,
  • Rodrigo Oliveira Setta,
  • Bruno Silva,
  • Viviane Reis Fontes da Silva

Abstract

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INTRODUÇÃO Após o advento da criação da Lei de Paulo Delgado, n° 10.216, disseminou-se a necessidade de estruturação na internação de forma a oferecer assistência integral à pessoa portadora de transtornos mentais, incluindo serviços médicos, de assistência social, psicológicos, ocupacionais, de lazer, e outros. O antigo modelo de assistência psiquiátrica no Brasil, deixou uma grande população de pacientes institucionalizados (pacientes cronificados), que devido à longa permanência dentro das instituições, trouxeram consigo seus efeitos iatrogênicos, como também a degeneração própria da idade avançada. Estes pacientes, e aqueles que frequentam a Instituição para um atendimento diário, ou para uma eventual internação, possuem como atividades terapêuticas, oficinas essencialmente de caráter manual e cognitivo, deixando de lado a prática de atividade física, que usualmente não está inserida nos atendimentos. Com o objetivo de se adequar às normas vigentes, este trabalho tem como objeto de estudo o combate ao sedentarismo através das práticas de atividades físicas por pacientes psiquiátricos e as vantagens desta prática no incremento da qualidade de vida. OBJETIVOS Levantar informações na literatura científica acerca da prática de atividade física na redução do sedentarismo; Elaborar uma proposta de atividades físicas através de atuação interdisciplinar; Contribuir cientificamente para a área de atuação psiquiátrica de forma a divulgar a importância da prática de atividade física pelos pacientes no combate ao sedentarismo. METODOLOGIA Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica sistemática sobre a prática de atividade física e seus benefícios. Tradicionalmente, a revisão sistemática é um estudo retrospectivo secundário que facilita a elaboração de diretrizes clínicas. Os estudos investigados podem ser ensaios clínicos aleatórios, estudos de acurácea, estudos coortes ou qualquer outro tipo de estudo (CLARKE, 2001). RESULTADOS Os resultados demonstram uma predominância de artigos que abordam a prática de exercícios físicos e seus benefícios para os pacientes que possuem episódios depressivos e de ansiedade, somente um dos cinco artigos incluídos na pesquisa trata de transtornos diferentes dos mencionados anteriormente, focalizando o trabalho nos benefícios proporcionados a jogadores patológicos que praticam a atividade física regularmente. A prática de atividade física é o grande aliado destes pacientes na melhora da qualidade de vida com os exercícios físicos. Os benefícios da prática de atividade física associados à saúde e o bem estar, assim como riscos predisponentes ao aparecimento e ao desenvolvimento de disfunções orgânicas relacionados ao sedentarismo, são amplamente apresentados e discutidos na literatura (BOUCHARD et.al, 1994). CONCLUSÕES Diante dos estudos descritos anteriormente, verifica-se que o exercício físico sistematizado pode acarretar diversos benefícios tanto na esfera física quanto mental do ser humano, proporcionando uma melhor qualidade de vida. No entanto administrado de maneira equivocada e sem embasamento cientifico pode alterar negativamente os comportamentos dos pacientes prejudicando o desempenho físico e cognitivo dos mesmos. REFERÊNCIAS BRASIL, M. S. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Plano de reorganização da atenção à hipertensão arterial e ao diabetes mellitus: hipertensão arterial e diabetes mellitus/ Departamento de ações programáticas estratégicas – Brasília: Ministério da Saúde, 2001. BOUCHARD C, SHEPHARD R. J., STEPHINS T. Physical activity, fitness and health: International Proceedings and Consensus Statement. Champaign, Illinois: Human Kinetics, 1994. COIMBRA, V. C. C.; GUIMARÃES, J.; SILVA, M.C.F.; KANTORSKI, L.; SCATENA, M.C.M. – Reabilitação psicossocial e família: considerações sobre a reestruturação da assistência psiquiátrica no Brasil. Revista Eletrônica de Enfermagem, v. 07, n 01, p. 99-104, 2005. PITTA, A. O que é reabilitação psicossocial no Brasil, hoje. In: PITTA, A. (org). Reabilitação psicossocial no Brasil. São Paulo: Hucitec, 1996. p. 19-26; Sociedade Brasileira de Cardiologia – IV Diretrizes Brasileiras de Hipertensão 2002; cap. 5:13-14 – SBC.

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