Revista de Educação Física (Dec 2017)
FREQÜÊNCIA DE LESÕES NOS SALTOS DE ADESTRAMENTO DA BRIGADA DE INFANTARIA PÁRA-QUEDISTA
Abstract
As atividades de adestramento praticadas pelos pára-quedistas os predispõem à ocorrência de inúmeros agravos. A busca por informações sobre as lesões decorrentes dessa atividade militar permitiu constatar uma escassez de informações e de investigações sobre o assunto.A fim de entender as lesões ocorridas na atividade de salto de pára-quedas, é necessário quantificá-las e associá-las aos motivos que as provocaram, quando a situação assim o permitir. Nesse sentido, o objetivo desta pesquisa foi apontar as principais lesões no salto com pára-quedas, visando descrever sua distribuição e suas características, a partir da realidade brasileira. Os dados aqui obtidos permitiram sugerir algumas medidas preventivas para os agravos de maior ocorrência, além de propor um novo modelo de prontuário médico que padronize os termos clínicos descritos. A análise dos prontuários médicos foi o procedimento para a coleta de dados sobre os agravos, ocorridos no período de janeiro a junho de 2004.A apresentação dos resultados se deu sob a forma de estatística descritiva, com distribuições de freqüência absoluta e relativa. Foi encontrada, por meio deste mecanismo de coleta de dados, uma prevalência de lesões nos membros inferiores (45%) e, dentre estas lesões, as mais freqüentes foram os traumas (33,3%).Em relação ao ponto anatômico acometido, o local mais afetado foi o tornozelo (24,4%). Quanto à prevalência de lesões, considerando-se o lado do corpo, ocorreu um equilíbrio entre os lados esquerdo (42,3%) e direito (38,5%). Desta forma, por ser um tipo de adestramento de extremo impacto com o solo, combinado com uma seqüência de procedimentos técnicos indispensáveis, as lesões traumáticas, principalmente as entorses de tornozelos, são altamente representativas na população aqui estudada.