Revista Brasileira de Ciências Ambientais (Jun 2024)

Spatial variability of edaphic attributes on Coleoptera (Insecta) in land use systems

  • Natânie Bigolin Narciso,
  • Pâmela Niederauer Pompeo,
  • Dilmar Baretta,
  • Renan de Souza Rezende,
  • Carolina Riviera Duarte Maluche Baretta

DOI
https://doi.org/10.5327/Z2176-94781704
Journal volume & issue
Vol. 59
pp. e1704 – e1704

Abstract

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A alteração na estrutura natural da paisagem afeta condições abióticas e promove uma resposta biológica da comunidade local. A diversidade de organismos edáficos está relacionada com a diversidade de outros táxons e características abióticas, representando potenciais bioindicadores do ecossistema. O objetivo deste trabalho foi identificar quais atributos do solo explicam a comunidade de coleópteros e explorar seus efeitos por meio da modelagem espacial. O estudo foi desenvolvido em três paisagens do oeste de Santa Catarina (Brasil) localizadas em: Chapecó, Pinhalzinho e São Miguel do Oeste. Os sistemas de uso e cobertura do solo identificados foram: plantio direto, floresta nativa, pastagem, plantio de eucalipto, integração lavoura-pecuária e capoeira. Foram realizadas coletas de solo, liteira e coleópteros. A seleção das variáveis foi realizada pela Análise de Táxons Indicadores de Limiares e a modelagem espacial pela Geoestatística. Maiores valores de resistência a penetração associados ao sistema de plantio direto promoveram menor abundância de coleópteros da família Staphylinidae, condicionadas pela porosidade total do solo. Menores valores de umidade volumétrica, identificados em sistema plantio direto próximo de fragmentos de vegetação nativa, promoveram maior abundância da família Nitidulidae, em razão da adaptabilidade da família ao ambiente seco. A tendência de maior concentração de carbono microbiano em áreas de vegetação nativa explicou a maior abundância da família Chrysomelidae nessas áreas, em decorrência dos hábitos fitófagos das espécies dessa família. Dessa forma, a comunidade de coleópteros possui potencial como bioindicador da qualidade do solo e suas relações com os atributos físicos — químicos e microbiológicos — do solo podem ser modeladas espacialmente por meio da Geoestatística.

Keywords