Revista Estudos Feministas (Mar 2015)
TRANSLESBIANIZANDO O OLHAR: REPRESENTAÇÕES NA MARGEM DA ARTE
Abstract
Reivindicando o fracasso, a inadequação, a marginalidade e a negatividade como prerrogativas distintivas dos projetos e das subjetividades dissidentes, o presente ensaio sugere que nas proposições contra-artísticas brasileiras “Pegadinha Les-Bi-Trans”, “Sapatoons Queerdrinhos” e “Eu vejo lésbicas em todos os lugares” está sendo formulado um imaginário marginal lésbico/trans. A articulação de uma mirada translesbianizante capaz de desestabilizar as retóricas e visualidades da instituição heterocapitalista é aqui abordada como uma potencialidade das estratégias autorrepresentativas pós-identitárias e negativas empregadas em projetos que se situam às margens das instituições autorizadas de produção de conhecimento (dentre elas os sistemas das artes).