Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (Jan 2017)

Vida e morte na atenção primária à saúde: reflexões sobre a vivência do médico de família e comunidade ante a finitude da vida

  • Renata Regina Vieira,
  • Amália Rocha Robortella,
  • Amanda Brólio de Souza,
  • Gustavo Shikanai Kerr,
  • Janaine Aline Camargo de Oliveira

DOI
https://doi.org/10.5712/rbmfc11(38)1281
Journal volume & issue
Vol. 11, no. 38

Abstract

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A Atenção Primária à Saúde (APS) possui capacidade para contribuir para que o cuidado ao final da vida seja sistêmico, humanizado e promotor de autonomia. Contudo, prestar assistência em cuidados paliativos requer da equipe um olhar complexo e multidimensional, sobretudo pela proximidade com reflexões sobre morte, perspectivas existenciais, sociais, religiosas e pessoais. Desse modo, perguntas sobre como lidar com as dimensões subjetivas de pacientes, familiares e profissionais surgem como desafio na prática clínica. Sob a perspectiva dos médicos assistentes, relatamos caso de paciente em cuidados paliativos acompanhado por uma equipe de estratégia saúde da família. Ao refletir sobre a dimensão pessoal e existencial dos profissionais, discutimos fatores que favorecem ou dificultam a assistência integral em cuidados paliativos na APS. Observamos que, apesar do desafio da assistência em termos de recursos e tempo, o diálogo na equipe e a abordagem biopsicossocial-espiritual permitiram a ressignificação do processo de cuidado, adoecimento e morte.

Keywords