Revista Visuais (Dec 2018)

Nadir e Siza

  • Nuno Grande

DOI
https://doi.org/10.20396/visuais.v4i2.12125
Journal volume & issue
Vol. 4, no. 7

Abstract

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Ao longo dos últimos anos, entre diversos textos escritos, tenho vindo a interpelar o método conceptual do arquiteto (que gostava de ter sido escultor) Álvaro Siza, procurando descodificar (como se isso fosse possível) a sua notável capacidade de reinventar memórias, de interpretar geografias, de se deixar contaminar por tantas “culturas-outras”. Esse exercício de alteridade - ser simultaneamente eu e o outro; ser daqui e do mundo, ser local e universal -, de clara afinidade pessoana ou torguiana, leva Siza a criar obras que são suas, originais e irrepetíveis, mas que ressoam, na nossa memória, como espaços familiares; ou, dito de outra forma, como se tivessem pertencido sempre à vida de um lugar, de uma cidade ou de um personagem.

Keywords