Revista Visuais (Dec 2018)
Nadir e Siza
Abstract
Ao longo dos últimos anos, entre diversos textos escritos, tenho vindo a interpelar o método conceptual do arquiteto (que gostava de ter sido escultor) Álvaro Siza, procurando descodificar (como se isso fosse possível) a sua notável capacidade de reinventar memórias, de interpretar geografias, de se deixar contaminar por tantas “culturas-outras”. Esse exercício de alteridade - ser simultaneamente eu e o outro; ser daqui e do mundo, ser local e universal -, de clara afinidade pessoana ou torguiana, leva Siza a criar obras que são suas, originais e irrepetíveis, mas que ressoam, na nossa memória, como espaços familiares; ou, dito de outra forma, como se tivessem pertencido sempre à vida de um lugar, de uma cidade ou de um personagem.
Keywords