Revista de Odontologia da UNESP (Dec 2019)

Análise da atividade antimicrobiana de probióticos e sua adesividade a bráquetes ortodônticos: estudo in vitro

  • Thayse Caroline de Abreu BRANDI,
  • Amanda Nunes MONTEIRO,
  • Hugo Leandro Azevedo da SILVA,
  • Adriano Gomes da CRUZ,
  • Lucianne Cople MAIA,
  • Matheus Melo PITHON

DOI
https://doi.org/10.1590/1807-2577.09219
Journal volume & issue
Vol. 48

Abstract

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Resumo Introdução A presença de aparelho ortodôntico fixo dificulta a higienização e potencializa o acúmulo de biofilme bacteriano nas superfícies dentárias. O desenvolvimento de produtos que minimize isso é desejo de pesquisadores em todo o mundo. Objetivo Verificar a ação bacterapêutica de produtos lácteos contendo ou não probióticos sob pool de Streptococcus mutans (SM) (ATCC 25175) e S salivarius (SS) (ATCC 7073), além da adesão desses produtos à superfície de bráquetes ortodônticos. Material e método Pool de cepas ATCC de SM e SS foi formado e plaqueado sobre placa de Petri contendo meio de cultura brain heart infusion ágar (BHI). Após formação do meio, um orifício foi feito no centro da placa seguido do seu preenchimento com 150 µL dos produtos a serem testados, formando os seguintes grupos: GL - Leite bovino; GLP - Leite bovino com probiótico; GLF - Leite fermentado; e GLFP - Leite fermentado com probiótico. Na sequência, as placas foram incubadas por 48h, em estufa a 37ºC. A seguir, foi feita a medição do halo formado entre o produto e o meio com régua milimetrada. Já no disco de membrana, foi formado biofilme com o mesmo pool de cepas, sob discos de membrana. Em seguida, foi feita a diluição seriada contendo o produto de acordo com o grupo: P1 (água); P2 (L); P3 (LP); P4 (LFP), seguida do plaqueamento e a contagem total de micro-organismos. Para a adesividade dos produtos lácteos, bráquetes ortodônticos foram submergidos em cada solução (GL, GLP, GLF e GLFP) e foram incubadas a 37°C/24h. Posteriormente, cada bráquete foi transferido para um ependorf contendo solução salina estéril, que foi submetida a diluições seriadas, posteriormente incubadas a 37°C/48h sob microaerofilia para contagem das UFC/mL. Para análise dos dados, utilizaram-se os testes Levene, Shapiro-Wilk e Kruskal-Wallis. O nível de significância adotado foi de 5% (α = 0,05). Resultado Não houve formação de halo de inibição entre os produtos e o meio de cultura (p<0,05); no disco de membrana, não foram observadas diferenças estatísticas entre os grupos (p=0,679); os grupos tratados com leite bovino com probiótico e leite fermentado com probiótico apresentaram adesividade aos bráquetes ortodônticos (p=0,056). Conclusão Os achados do presente estudo permitem concluir que, em estudos in vitro, não foi possível verificar a bacterioterapia a partir de produtos lácteos contendo ou não probióticos em cepas de SM e SS.

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