Jornal Vascular Brasileiro (Oct 2024)

Estudo transversal multicêntrico comparando o gênero no reparo endovascular de aneurismas de aorta abdominal infrarrenal. Resultados do Registro dos Hospitais Estaduais Universitários do Interior de São Paulo (RHEUNI)

  • Regina Moura,
  • Edwaldo Edner Joviliano,
  • Ana Terezinha Guillaumon,
  • Selma Regina de Oliveira Raymundo,
  • Ludwig Hafner,
  • Marcone Lima Sobreira,
  • Marcelo José de Almeida,
  • Daniel Gustavo Miquelin,
  • Martin Geiger,
  • Winston Bonetti Yoshida

DOI
https://doi.org/10.1590/1677-5449.202400041
Journal volume & issue
Vol. 23

Abstract

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Resumo Contexto O aneurisma da aorta abdominal (AAA) afeta 4-6 vezes mais frequentemente os homens do que as mulheres, porém nas mulheres o prognóstico costuma ser pior. Objetivo Comparar os procedimentos endovasculares para correção de AAA infrarrenal em homens e mulheres, usando dados de um registro prospectivo. Métodos Esse registro foi feito em cinco hospitais universitários do estado de São Paulo entre 2012 e 2022. Foi realizado um estudo transversal, compilando dados demográficos, anatômicos (diâmetro do aneurisma, colo curto, angulado, calcificado ou com trombo; colo distal < 1,5 cm e artérias ilíacas tortuosas, alteradas), complicações (vazamentos, conversões, perviedade ou estenoses de ramos) e insuficiência renal e mortalidade em 30 dias. Foram utilizados o teste de qui-quadrado e teste t de Student, com significância de 5%. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética (processo 4040-2011). Resultados Um total de 152 (15,9%) dos pacientes eram mulheres e 799 (84,0%) eram homens (p < 0,05). A maior parte eram brancos (80,2% das mulheres e 87,4% dos homens). Diabetes e hipertensão foram significativamente mais frequentes nas mulheres. O formato foi fusiforme, principalmente nas mulheres (95,39% versus 89,86% nos homens). O diâmetro médio foi menor nas mulheres (5,96 cm versus 6,49 cm; p = 0,0056). As artérias ilíacas foram menos envolvidas nas mulheres (89,40% versus 73,58%; p = 0,00001). A perda sanguínea foi maior nos homens (321,40 ml versus 168,84 ml nas mulheres; p < 0,05). A mortalidade operatória foi similar entre os sexos, mas as obstruções foram mais frequentes nas mulheres (15,2% versus 13,51%; p = 0,017296). Conclusões Nas mulheres, o diâmetro aneurismático foi menor e as complicações obstrutivas foram mais frequentes.

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