Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (Aug 1971)

Epidemiologia da raiva humana na Guanabara

  • Alfredo R. Matta B. da Silva,
  • Moysés Szklo,
  • Hésio de A. Cordeiro,
  • Antonio Augusto F. Quadra,
  • Luiz Armando de M. Frias

DOI
https://doi.org/10.1590/S0037-86821971000400003
Journal volume & issue
Vol. 5, no. 4
pp. 193 – 202

Abstract

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A raiva humana se mantém como problema de Saúde Pública, especialmente nas áreas urbanas, onde o cão atua como principal reservatório e fonte imediata de infecção. A deficiência de programas de controle de cães vadios, de imunização sistemática e de educação sanitária, contribui para a perpetuação da cadeia epidemiológioa. O presente estudo analisa todos os casos de raiva humana, observados em habitantes do Estado da Guanabara, no período 1965-1969, segundo as variáveis: idade, sexo, côr, variação estacional, período de incubação e de duração da fase clínica, fonte de infecção, local de mordedura e uso de vacina posterior à exposição. Os principais resultados foram: 1. A ravia na Guanabara, parece ser mais comum nos grupos etários mais jovens e nos homens. 2. Não se observou variação estacional. 3. O período de incubação mediano foi de 45 dias e de duração da fase clínica de 3 dias. 4. Ocorreu uma associação entre período de incubação menor e vacinação incompleta.