Medicina (Dec 2014)

Hábitos alimentares e risco de doenças cardiovasculares em universitários

  • Gustavo A. Oliveira,
  • Samuel H.V. Oliveira,
  • Charles A.S. Morais,
  • Luciana M. Lima

DOI
https://doi.org/10.11606/issn.2176-7262.v47i4p399-405
Journal volume & issue
Vol. 47, no. 4

Abstract

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Modelo de estudo: Pesquisa descritiva, observacional, transversal. Objetivo: Descrever qualitativamente a frequência de ingestão de determinados alimentos, considerados de risco e de proteção para doenças cardiovasculares (DCV), além de determinar o Escore de Risco de Framingham (ERF) em indivíduos supostamente saudáveis, estudantes de graduação de uma universidade pública brasileira. Metodologia: Participaram 97 estudantes, 45 homens e 52 mulheres, na faixa etária de 18 a 25 anos. Após assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, os estudantes preencheram um questionário com os dados da pesquisa. Foram estudados alimentos classificados como de risco e de proteção, conforme sua composição química avaliada por tabelas de alimentos. O teste Qui-quadrado fui utilizado quando as frequências esperadas foram iguais ou superiores a 5. Para os demais parâmetros foi utilizado o teste exato de Fischer. Resultados: Entre os alimentos protetores destacou-se a ingestão diária de legumes (33%), verduras (22%) e frutas (17%) e entre os de risco estão a ingestão diária de café/chás com açúcar (39%), maionese/ margarina/manteiga (34%) e doces (14%). Houve variação de consumo conforme o sexo, para as frequências de 0,1, 2 e 4 vezes por semana para os alimentos: farinha de milho/mandioca, biscoito maisena/caseiro/água e sal, aveia, frango com pele. Houve variação significativa de consumo diário entre os sexos para os alimentos: frutas, doces, maionese/margarina/manteiga, biscoito maisena/caseiro/ água e sal. Conclusões: Este estudo demonstrou que os estudantes universitários apresentaram uma maior frequência diária de ingestão de alimentos considerados de proteção para DCV do que alimentos de risco. Em adição, o ERF calculado demonstrou baixo risco de desenvolvimento de DCV nos indivíduos avaliados.

Keywords