Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Apr 2013)

Metaloproteinases 2 e 9 são preditoras de remodelação ventricular esquerda após o infarto do miocárdio

  • Ana Lucia Cogni,
  • Elaine Farah,
  • Marcos F. Minicucci,
  • Paula S. Azevedo,
  • Katashi Okoshi,
  • Beatriz B. Matsubara,
  • Silméia Zanati,
  • Rodrigo Haggeman,
  • Sergio A. R. Paiva,
  • Leonardo A. M. Zornoff

DOI
https://doi.org/10.5935/abc.20130049
Journal volume & issue
Vol. 100, no. 4
pp. 315 – 321

Abstract

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FUNDAMENTO: O papel de metaloproteinases (MMP) séricas após o infarto do miocárdio (IM) é desconhecido. OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi o de avaliar o papel das MMP-2 e -9 séricas como marcadores prognósticos da remodelação ventricular seis meses após o IM anterior. MÉTODOS: Fizemos um registro prospectivo dos pacientes após o seu primeiro IM anterior. A atividade de MMP foi analisada entre 12 a 72 horas após o IM. Foi feito um ecocardiograma durante a internação e seis meses depois. RESULTADOS: Incluímos 29 pacientes; 62% mostraram remodelação ventricular. Os pacientes que mostraram remodelação tinham maior tamanho de infarto baseado nos valores pico da creatinofosfoquinase (CPK) (p = 0,037), alta prevalência de insuficiência cardíaca congestiva em hospitais (p = 0,004), e redução da fração de ejeção (FE) (p = 0,007). Os pacientes com remodelação ventricular tiveram menores níveis séricos de MMP-9 inativa (p = 0,007) e maiores níveis da forma ativa da MMP-2 (p = 0,011). Em um modelo de regressão logística multivariada, ajustado pela idade, pico de CPK, FE e prevalência de insuficiência cardíaca, os níveis séricos da MMP-2 e -9 estavam associados à remodelação (p = 0,033 e 0,044, respectivamente). CONCLUSÃO: Níveis séricos mais elevados da MMP-9 inativa foram associados com a preservação dos volumes ventriculares esquerdos, e níveis séricos mais elevados da forma ativa da MMP-2 foram um preditor da remodelação seis meses após o IM.

Keywords