Revista Brasileira em Promoção da Saúde (Oct 2018)

Consumo de ultraprocessados e estado nutricional de crianças com transtorno do espectro do autismo

  • Ana Karla de Araújo Almeida,
  • Poliana Cristina de Almeida Fonseca,
  • Leila Alves Oliveira,
  • Wyllyane Rayana Chaves Carvalho Santos,
  • Adrielle Zagmignan,
  • Bianca Rodrigues de Oliveira,
  • Virgínia Nunes Lima,
  • Carolina Abreu de Carvalho

DOI
https://doi.org/10.5020/18061230.2018.7986
Journal volume & issue
Vol. 31, no. 3
pp. 1 – 10

Abstract

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Objetivo: Analisar o consumo de alimentos ultraprocessados entre crianças com transtorno do espectro do autismo (TEA) e sua associação com o estado nutricional. Métodos: Realizou-se um estudo transversal, em São Luís, Maranhão, Brasil, com amostra de 29 crianças, em 2017. Utilizou-se um questionário semiestruturado, aplicado aos pais ou responsáveis, para obtenção de variáveis sociodemográficas. O estado nutricional foi avaliado pelos indicadores de índice de massa corporal/idade e estatura/idade. Obteve-se o consumo alimentar por meio de recordatório de 24h, a partir do qual foi calculado o percentual de contribuição calórica e a média dos alimentos consumidos de acordo com o nível de processamento. Para comparação do consumo dos ultraprocessados de acordo com o estado nutricional, utilizou-se o teste t de Student, com nível de significância de 5%. Resultados: Verificou-se o excesso de peso em 55,2% (n=16) das crianças e o consumo de alimentos ultraprocessados foi responsável por 28% (560 kcal/dia) da contribuição calórica. Crianças com excesso de peso consumiram maior média percentual de alimentos ultraprocessados do que as sem excesso de peso (34,2% versus 19,4%, p=0,009). O consumo de frutas representou apenas 4,3% (74,6 kcal) da contribuição calórica total, e as hortaliças foram os alimentos in natura menos consumidos pelas crianças. Conclusão: Alimentos in natura ou minimamente processados foram a base da alimentação das crianças estudadas. Apesar disso, o maior consumo de alimentos ultraprocessados foi associado ao excesso de peso nas crianças com TEA.

Keywords