Revista Uningá (Dec 2006)

Estudo comparativo do tempo máximo de fonação e tessitura vocal de um coral adulto da cidade de Maringá-PR

  • ALINE MARIA APARECIDA PENTEADO,
  • MARTA ESSUAME JARRUS

Journal volume & issue
Vol. 10, no. 1

Abstract

Read online

Nos últimos anos tem-se notado um aumento no número de distúrbios vocais em cantores adultos, decorrentes de sua maior inserção no meio artístico, mais especificamente nos corais. A nossa hipótese é que esse crescimento se deu pela ausência, nos corais, de profissionais da voz, como o fonoaudiólogo cuja função principal seria a prevenção e diagnóstico funcional da laringe. A literatura tem demonstrado que é possível fazer tanto a prevenção destes distúrbios a partir de uma avaliação funcional da laringe como a orientação vocal. Nesse sentido, o objetivo do presente estudo é verificar se após um período de dois meses de treinamento de suporte respiratório com cantores de um grupo coral adulto há uma melhora na tessitura vocal e adequação dos tempos máximos de fonação verificando por meio disso se a coordenação pneumo-fonoarticulatória beneficia a qualidade vocal dos cantores quando é bem trabalhada. Partindo-se da hipótese acima, neste trabalho procurou-se fazer a avaliação fonoaudiológica de sessenta e cinco cantores de um coral adulto da cidade de Maringá- PR. Recorreu-se à avaliação fonoaudiológica do comportamento vocal e da coordenação pneumo-fono-articulatória: roteiro de anamnese e a avaliação perceptivo-auditiva. Dos sessenta e cinco cantores avaliados, com idades acima de 18 anos, 30 foram selecionados para participarem do treinamento de suporte respiratório. Os 35 cantores excluídos da pesquisa apresentaram queixas vocais em algum momento da vida. 0s 30 cantores selecionados para participação no estudo 33% utilizavam o suporte respiratório para cantar e 67% não utilizavam, após o treinamento 77% dos cantores participantes passaram a utilizar o suporte respiratório e apenas 23% continuaram sem utilizar o suporte, entretanto 100% dos cantores obtiveram uma melhora nos tempos máximos de fonação na proporção s/z, que levou ao conseqüente aumento da tessitura vocal. Esses dados confirmam a importância e a necessidade de presença de um fonoaudiólogo incluso na equipe que atua com grupos corais.