Revista Brasileira de Anestesiologia (Jan 2014)

Administração de clonidina intravenosa e sua capacidade de reduzir a pressão da artéria pulmonar em pacientes submetidos a cirurgia cardíaca

  • Benedito Barbosa João,
  • José Luis Gomes do Amaral,
  • Ronaldo Machado Bueno,
  • David Ferez,
  • Luiz Fernando dos Reis Falcão,
  • Marcelo Vaz Perez,
  • Itamar Souza de Oliveira-Júnior

DOI
https://doi.org/10.1016/j.bjan.2013.03.019
Journal volume & issue
Vol. 64, no. 1
pp. 40 – 48

Abstract

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Objetivo: Avaliar a capacidade da clonidina de reduzir a pressão arterial pulmonar de pacientes com hipertensão pulmonar, submetidos a cirurgia cardíaca, seja pela diminuição dos valores pressóricos a partir da aferição direta da pressão de artéria pulmonar, seja pela redução ouabolição da necessidade de dobutamina e nitroprussiato de sódio no intraoperatório. Método: Trata-se de estudo controlado, comparativo, randomizado e duplamente encoberto feito com 30 pacientes portadores de hipertensão arterial pulmonar tipo 2, submetidos a cirurgia cardíaca. Avaliaram-se a pressão média de artéria pulmonar e a posologia de dobutaminae nitroprussiato de sódio em quatro momentos: (M0) antes da administração de 2 µg/kg declonidina intravenosa ou placebo; (M1) decorridos 30 minutos do tratamento testado e antes da circulação extracorpórea; (M2) imediatamente após a circulação extracorpórea; e (M3)10 minutos após a injeção de protamina. Resultados: Não houve diferenças significativas em relação à pressão média de artéria pulmonarem nenhum dos momentos estudados. Entre os grupos não houve também diferença significativa entre as demais variáveis estudadas, como pressão arterial sistêmica média, frequência cardíaca, dosagem total de dobutamina, dosagem total de nitroprussiato de sódio e necessidade do hipnoanalgésico fentanil. Conclusão: A análise dos dados obtidos dos pacientes incluídos neste estudo permite concluir que a clonidina, na dose de 2 µg/kg administrada via intravenosa, não foi capaz de reduzir a pressão média de artéria pulmonar de pacientes com hipertensão pulmonar do grupo 2 (hipertensão venosa pulmonar), submetidos a cirurgia cardíaca, e nem reduzir ou abolir a necessidade da administração de dobutamina e nitroprussiato de sódio no intraoperatório.

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