Palíndromo (Jul 2018)

Tecendo memórias e ausências: Autobiografia como matéria da arte

  • Rita Isabel Vaz,
  • Bernadette Maria Panek

DOI
https://doi.org/10.5965/2175234610212018010
Journal volume & issue
Vol. 10, no. 21

Abstract

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Este artigo buscou compreender a autobiografia como matéria da arte tendo como referência os artistas Louise Bourgeois, Frida Kahlo e José Leonilson. Bourgeois transforma suas memórias, perdas e traumas em arte. Kahlo dribla a dor, expressa sua paixão pela vida. Leonilson enfrenta a proximidade da morte. Encontrei conexão com estes artistas cujas vidas e obras se confundem. O procedimento metodológico parte da investigação teórica e do trabalho prático em relação dialética ao longo de todo o processo. De Gaston Bachelard, interessa o conceito de casa/corpo, como lugar da dimensão onírica da recordação. Philippe Lejeune discute autobiografia e a escrita de diário com a função de conservar a memória. E Georges Didi-Huberman trata a ausência como presença, vestígio, e a pele como lugar dos sinais tanto do envelhecimento/memória quanto do desejo/toque. Resultaram desse processo três obras que se conectam aos artistas elencados e aos conceitos trazidos pelos teóricos, e evidenciam o uso da memória, da autobiografia e das ausências como expressão singular. Palavras-chave: Memórias. Ausências. Autobiografia.