Bioscience Journal (Apr 2014)

Influência da temperatura sobre isolados de Rhizoctonia solani (Kühn) obtidos em áreas produtoras de algodão nos estados brasileiros

  • Amanda Cabral Corrêa de Oliveira,
  • Paulo Estevão de Souza,
  • Edson Ampélio Pozza,
  • Gabriel Avelar Dornelas,
  • Fernando Pereira Monteiro

Journal volume & issue
Vol. 30

Abstract

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A temperatura é importante para estudos com Rhizoctonia solani por ser um patógeno cosmopolita e polífago. Nas temperaturas adequadas o patógeno pode ser favorecido, o qual obtém sucesso no processo doença. Já em temperaturas inadequadas, o seu crescimento e desenvolvimento pode ser retardado. O objetivo foi avaliar a influência da temperatura no crescimento micelial, na produção de escleródios e na patogenicidade de isolados de R. solani. Obtiveram-se 18 isolados de plântulas de algodão, oriundos dos estados de Minas Gerais (8), Bahia (3), Goiás(2), Mato Grosso (4) e Mato Grosso do Sul (1), que foram testados nas temperaturas de 15°C, 18°C, 21°C, 24°C, 27°C e 30°C. Para o crescimento micelial, os isolados foram dispostos em placas de Petri (9 cm de diâmetro), contendo meio batata-dextrose-ágar. As placas foram acondicionadas em câmaras de germinação com fotoperíodo de 12 horas. Realizaram-se medições ortogonais do diâmetro da colônia, diariamente, por 8 dias e quantificou-se o índice de crescimento micelial (ICM). As placas foram mantidas por três meses nas respectivas câmaras de crescimento para análise da produção de escleródios. Para a determinação de patogenicidade e a avaliação da severidade da doença, seguiu-se o método descrito por Oliveira et al. (2008). Os dados obtidos foram submetidos à analise de variância. Houve interação significativa entre isolados e temperaturas. Quanto aos oito isolados de Minas Gerais, um apresentou maior ICM a 24ºC e três a 27°C, observando-se relação com o modelo quadrático. Três isolados apresentaram melhor ajuste ao modelo linear e um não diferiu estatisticamente para as temperaturas avaliadas. Os isolados de GO apresentaram maior ICM nas temperaturas de 24°C e 27°C. Para os isolados do MT, dois tiveram ajuste ao modelo linear, enquanto os outros dois tiveram ao modelo quadrático, nas temperaturas de 21°C e 24°C. Já o isolado do MS foi ajustado ao modelo quadrático a 27°C, enquanto todos os três isolados da BA foram ajustados ao modelo linear. O maior número de escleródios foi observado nas temperaturas de 15°C e 18ºC com exceção do isolado do MS, o qual obteve o maior número a 27ºC. Verificou-se que 14 isolados (6 de MG, 2 da BA, 2 de GO, 3 de MT e 1 de MS) apresentaram maior severidade entre 24°C e 27°C, ajustando-se ao modelo quadrático, enquanto três isolados (2 de MG e 1 de MT) não diferiram significativamente para as temperaturas avaliadas e apenas um isolado (BA 2 - I01) ajustou-se ao modelo linear.

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