Revista de História (Oct 2019)
Imaginação, História e Política
Abstract
Acompanhando estudiosos da obra de Cervantes, pretendemos reconhecer como a história de D. Quixote de la Mancha constitui complexa “invenção-crítica” expressiva da cultura humanista espanhola dos séculos XVI e XVII. Demonstramos uma possível opinião do autor na polêmica travada entre “poetas” (escritores de ficção) e “cronistas” (historiadores) analisando as peripécias do narrador na busca por fontes e métodos que revelassem as aventuras do cavaleiro e de seu escudeiro na forma de uma “história moderna”. Ou seja, uma novela original, questionadora tanto das novelas de cavalaria quanto das crônicas oficiais.