Fronteiras (Nov 2009)
Identidade, alteridade e memória na luta pela terra e para nela permanecer: uma análise do grupo dos nove no Pontal do Paranapanema-SP
Abstract
Considerado o significado da terra, seja na luta para conquistá-la, seja para nela permanecer, busco na memória dos sujeitos o substrato para a compreensão de sua identidade como camponeses. Retorno ao sentido da terra, compreendendo-a como evidência da diversidade, mas também da semelhança, possibilitando entender que as ações da militância e da direção do Movimento Sem Terra, ao se voltarem para o desejo da “transformação social”, não são díspares dos desejos que grande parte dos assentados traz consigo, ou seja, a conquista da “terra de trabalho”. Objetividades e subjetividades sinalizam para as potencialidades do indivíduo e do coletivo interrelacionados nas lutas camponesas. Parte dessas questões está presente na discussão do grupo das nove famílias assentadas na gleba XV de Novembro, as quais são objetos da análise deste texto.