Brazilian Journal of Infectious Diseases (Oct 2024)

EP-043 - ANÁLISE ESPACIAL DA INFECÇÃO POR HIV NO ESTADO DO PARANÁ

  • Laís Cristina Gonçalves,
  • Rafaela Marioto Montanha,
  • Ana Beatriz Floriano de Souza,
  • Camila dos Santos Peres,
  • Renata Pires de Arruda Faggi,
  • Laura Alves Moreira Novaes,
  • Luana Graziely Parra da Silva,
  • Alessandro Rolim Scholze,
  • Caroline Hermann,
  • Flávia Meneguetti Pieri

Journal volume & issue
Vol. 28
p. 103972

Abstract

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Introdução: Apesar das crescentes inovações tecnológicas e avanços na eficácia da prevenção e tratamento relacionados ao Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) em diversas regiões do mundo, a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids) se mantém como uma urgente crise global de saúde. Objetivo: Analisar a distribuição espacial da infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) no estado do Paraná, Brasil. Método: Foi realizado um estudo ecológico que analisou casos de HIV no estado do Paraná, de 2007 a 2022, tendo como fonte de dados o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Foi utilizado o Índice de Moran para a análise espacial e o diagrama de espelhamento de Moran para a interpretação dos resultados. Resultados: A amostra total foi composta de 50.676 registros de HIV. Nos períodos de 2007 a 2014 e de 2015 a 2022, a média de casos no estado foi de 105,64 e de 159,20 a cada 100.000 habitantes, respectivamente, com importantes variações entre os municípios. Os agrupamentos espaciais de alto risco forma mais prevalentes na região metropolitana até a capital e no litoral, apontando um novo agrupamento na região norte do estado. O número de casos variou substancialmente em alguns municípios, sobretudo naqueles localizados na região litorânea. Parecer no. 4.063.442. Conclusão: A análise espacial revelou que nas principais regiões metropolitanas do Paraná: Curitiba, litoral, Londrina e Maringá houve padrões geoespaciais de alto risco. Todas essas regiões compartilham características como elevado grau de urbanização e constante desenvolvimento econômico. A análise espacial mostrou-se uma ferramenta eficaz para compreensão oportuna da distribuição do HIV, sendo essencial para a gestão pública por contribuir na geração de indicadores de saúde, planejamento de ações e estratégias equitativas e alocação de recursos para as regiões endêmicas.