Convergência Lusíada (Jun 2018)
Amores encarcerados: as memórias de Camilo e de Ana Plácido
Abstract
Sentindo na pele todas as penalidades infligidas àqueles que não se encaixavam no padrão, Ana e Camilo, contando com a ajuda de amigos respeitados e letrados, moveram através da imprensa periódica e de sua própria literatura uma campanha baseada na ideia de que o adultério, crime de natureza estritamente moral, era quase uma consequência dos casamentos baseados em conveniências financeiras, que excluíam o amor. Diante de toda a sorte de criminosos, o casal comprova que seu lugar não era definitivamente o cárcere e que o seu destino não poderia ser o degredo, pois, diversamente de muitos dos seus vizinhos de cela, eles não haviam cometido qualquer ato de violência.