Clinics (Apr 2006)

Dietary intake of female bariatric patients after anti-obesity gastroplasty Ingestão dietética de pacientes bariátricas femininas após gastroplastia anti-obesidade

  • Maria Carolina G. Dias,
  • Angela G. Ribeiro,
  • Veruska M Scabim,
  • Joel Faintuch,
  • Bruno Zilberstein,
  • Joaquim José Gama-Rodrigues

DOI
https://doi.org/10.1590/S1807-59322006000200002
Journal volume & issue
Vol. 61, no. 2
pp. 93 – 98

Abstract

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PURPOSE: Roux-en-Y gastric bypass is a popular and successful operation for the treatment of morbid obesity. However, it greatly restricts ingestion and moderately interferes with absorption of food, thus potentially paving the way for undernutrition, especially during the first year before patients adapt to the new condition. Aiming to document actual dietary intake during this period, a prospective observational study was performed. METHODS: Forty consecutive patients were investigated using a 24-hour dietary recall technique every 3 months after surgery for 1 year. Females only were accepted for greater homogeneity of the sample. All received a vitamin and mineral supplement on a daily basis as a postoperative routine. A questionnaire was employed regarding general, nutritional, and gastrointestinal changes as well as consumption of medications. Dietary intake was analyzed after data processing using the Virtual Nutri software package (São Paulo, SP, Brazil). RESULTS: The surgical response was within the expected range, with about 67% excess weight loss at the end of the 1st year, and the same occurred with gastrointestinal symptoms and drug requirements. Daily energy intake on the 4 analyzed occasions was 529.4 ± 47.4, 710.9 ± 47.6, 833.2 ± 72.0, and 866.2 ± 95,1 kcal/day (mean ± SEM); protein intake was increased in the same proportion at 6 and 9 months, but reduced at 12 months. Thus, patients did not meet standard recommendations regarding calories and proteins, even at the end of the 1st year; iron and zinc intake were also inadequate, although deficiencies were probably staved off by the prescribed supplement preparation. CONCLUSIONS: 1) The risk for postoperative undernutrition was evidenced up to 1 year, while spontaneous improvement in food intake was slow and inefficient; 2) Specific protocols should be devised to improve nutrition and health during the postoperative phase until successful dietary adaptation is achieved.OBJETIVO: A gastroplastia com anastomose gastrojejunal em Y de Roux é uma operação popular e bem sucedida no tratamento da obesidade grave. Ela restringe seriamente a ingestão e moderadamente a absorção do alimento, potencialmente abrindo caminho para desnutrição especialmente no primeiro ano, antes que o paciente se adapte à nova condição. Com o propósito de documentar a real ingestão neste período, um estudo prospectivo observacional foi executado. MÉTODO: Quarenta pacientes consecutivos foram investigados por recordatório de 24 horas a cada três meses após a operação, até um ano. Apenas mulheres foram arroladas para maior homogeneidade da amostra. Todas receberam diariamente um suplemento vitamínico-mineral, como rotina pós-operatória. Um questionário foi empregado abordando alterações gerais, nutricionais e gastrointestinais assim como consumo de medicamentos. Os ganhos dietéticos foram analisados mediante o programa Virtual Nutri (São Paulo, SP, Brasil). RESULTADOS: A resposta cirúrgica situou-se dentro da faixa esperada, com perda de cerca de 67% do excesso de peso após um ano, e o mesmo ocorreu com sintomas gastrointestinais e necessidades medicamentosas. A quantidade de energia diária nas quatro ocasiões foi de 529,4±47,5, 710,9± 47,7, 833,2± 72,0 e 866,2± 95,1 kcal/dia (média ± erro padrão da média), e o aumento do consumo de proteína foi da mesma proporção nos 6 e 9 meses e com redução em 12 meses. Consequentemente mesmo após um ano as pacientes estavam abaixo das recomendações usuais de calorias e proteínas. A contribuição da dieta no tocante a ferro e zinco também mostrou-se inadequada, embora quadros deficitários tenham provavelmente sido abortados pelo suplemento utilizado. CONCLUSÕES: 1) O risco para desnutrição pos-operatória ficou demonstrado até um ano, e a melhora espontânea da ingestão de alimentos revelou-se lenta e ineficiente; 2) Protocolos específicos deveriam ser elaborados visando melhorar a nutrição e a saúde na fase pós-operatória, até que se verifique uma adaptação dietética satisfatória;

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