Acta Botânica Brasílica (Apr 2001)
Viabilidade de pólen in vivo e in vitro em genótipos de açaizeiro
Abstract
Determinou-se a viabilidade de pólen in vivo e in vitro em 20 genótipos de açaizeiro, da coleção de germoplasma da Embrapa Amazônia Oriental. Os grãos de pólen in vivo foram retirados de botão floral (BF) e de flor recém-aberta (FA) e os in vitro de ampolas armazenadas em freezer (-10ºC), com período de armazenamento (PA) de um (PA1), três (PA3), seis (PA6) e doze (PA12) meses. Utilizou-se a solução de Baker, sendo foi retirada uma amostra para cada estádio. Calculou-se a taxa de viabilidade pela contagem de, aproximadamente, 500 grãos de pólen. Pólen in vivo, na maioria dos genótipos exibiram alta viabilidade com médias de 84,8% para botões e 93,2% para flores recém-abertas, sendo as melhores taxas registradas nos genótipos 3 e 19. Para pólen in vitro, os genótipos apresentaram redução na viabilidade com o aumento do período de armazenamento (PA1: 79,6%, PA3: 77,4%, PA6: 74,1% e PA12: 61,3%) mas o armazenamento não foi prejudicial, pois grande parte dos genótipos alcançaram valores acima de 50%, destacando-se os genótipos 3 e 9 com as maiores percentagens. Portanto, pode-se considerar que, nos genótipos testados, pólen in vivo têm alta viabilidade e os in vitro devem ser usados em polinizações controladas sem prejuízos na fecundação, em até doze meses de conservação.