Colloquium Vitae (Apr 2018)
TRIGLICERÍDEOS NA DOENÇA MACROVASCULAR DO DIABETES TIPO 2: PAPEL PRINCIPAL OU COADJUVANTE?
Abstract
As doenças vasculares representam a principal causa de morte e invalidez em pacientes diabéticos. As complicações vasculares do Diabetes melito (DM) são clinicamente divididas em microvasculares e macrovasculares. Enquanto as complicações microvasculares mostram importante regressão em reposta a um controle glicêmico intensivo, as complicações macrovasculares não respondem consistentemente ao tratamento da hiperglicemia. Dentre os mecanismos por trás das complicações macrovasculares no DM estão a resistência à insulina e a dislipidemia aterogênica característica da doença composta por elevados níveis plasmáticos de triglicerídeos (TGC), baixos de lipoproteína de alta densidade (HDL) e alta concentração de pequenas partículas de lipoproteína de baixa densidade (LDL) oxidada. Lipoproteínas ricas em TGC são importantes componentes da placa de ateroma e influencia de forma significativa a estabilidade da placa. Esta revisão trata do papel dos TGC nas complicações macrovasculares do DM na tentativa de melhor compreensão de sua participação no processo aterogênico, ressaltando a importância de sua relação com a resistência à insulina, o hábito alimentar e apresentando novas perspectivas sobre estratégias farmacológicas para prevenção e tratamento da hipertrigliceridemia no DM.