Sağlık Akademisi Kastamonu (Oct 2022)

RELAÇÃO DAS PERDAS SENSORIAIS CAUSADAS PELO COVID-19 NA QUALIDADE DE VIDA

  • Victória Laura Facin,
  • Munik Oliveira Moreno,
  • Mayara Caroline Ribeiro Antônio,
  • Fabiana Souza Orlandi,
  • Andrea Sanchez,
  • Camille Correia De Medeiros

DOI
https://doi.org/10.25279/sak.1137391
Journal volume & issue
Vol. 7, no. Special Issue
pp. 93 – 94

Abstract

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Introdução: A Organização Mundial de Saúde declarou, em janeiro de 2020, um surto de COVID-19 causado pelo SARS-CoV-2, o que constituía uma emergência de saúde pública mundial. Pesquisadores do mundo todo entraram em uma batalha contra a falta de informações existentes sobre o vírus. Dentre os sintomas mais comuns da COVID-19, encontram-se febre, tosse, cansaço, ageusia (perda de paladar) e anosmia (perda do olfato), sendo considerados os efeitos graves as dificuldades respiratórias. Vários estudos têm demonstrado que pacientes recuperados da COVID-19 podem continuar a apresentar perdas sensoriais bem como outras alterações relacionadas ao sistema nervoso central, por exemplo a perda de memória e falta de concentração, constituindo a síndrome pós-covid. Acredita-se que o SARS-CoV-2 é capaz de promover danos neuronais. Objetivo: Analisar a prevalência e o impacto das disfunções sensoriais causadas pelo COVID-19 na qualidade de vida da população. Método: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada em novembro de 2021, nas bases de dados SciELO, LILACS e Pubmed, selecionando-se 5 artigos, sendo todos publicados no ano de 2020 e 2021 e na língua portuguesa. Os descritores utilizados durante a pesquisa bibliográfica foram: Ageusia, Anosmia, COVID-19, Qualidade de Vida e População, identificando semelhanças entre aquelas pesquisas que respondiam à pergunta norteadora: Quais são os impactos das perdas sensoriais causadas pelo COVID-19 na qualidade de vida? Resultados: De acordo com a pesquisa realizada, pode-se observar que as alterações cognitivas e sensoriais bem como o aumento de casos de doenças neuropsiquiátricas se tornaram muito mais comuns após o COVID-19, principalmente devido à perda de neurônios causada pela doença, mesmo após a plena recuperação da infecção causada pelo SARS-CoV-2. Do ponto de vista neurológico observamos um intenso acometimento do sistema nervoso central e do sistema nervoso periférico, tendo como relatos de danos mais comuns a anosmia e a ageusia, podendo chegar a consequências mais severas como por exemplo, a doença de Parkinson e a Esclerose Múltipla. Relacionado às perdas sensoriais (paladar e olfato), os estudos indicam que esses acometimentos podem remeter a dois mecanismos principais, o bloqueio inflamatório das fendas olfatórias e/ou o comprometimento do neuroepitélio olfatório. Podem-se destacar como agravantes, os pacientes que já tinham alguma doença de base ou que foram submetidos a cuidados intensivos, além de outros fatores existentes como ansiedade, estresse, sobrecarga no ambiente doméstico ou de trabalho, diminuição ao acesso à saúde e sedentarismo. Conclusões: Os órgãos dos sentidos humanos são estruturas anatômica e fisiologicamente complexas e extremamente importantes para a manutenção dos processos vitais dos seres vivos. Observa-se que as perdas sensoriais relacionadas à infecção do SARS-CoV-2 apresentam significativo impacto biopsicossocial, repercutindo a nível pessoal, social e até mesmo profissional. Desta forma, nota-se que estes eventos podem acarretar alterações na qualidade de vida relacionada à saúde, sendo de extrema importância analisar as consequências biopsicossociais dessas perdas bem como buscar maneiras não apenas de combater os sintomas da doença durante sua fase ativa, mas também minimizar suas possíveis sequelas, visando a manutenção da qualidade de vida e a promoção de saúde da população.

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