Revista Brasileira de Terapia Intensiva (Sep 2012)

A intenção de doar órgãos é influenciada pelo conhecimento populacional sobre morte encefálica?

  • Renan Kleber Costa Teixeira,
  • Thiago Barbosa Gonçalves,
  • José Antonio Cordero da Silva

DOI
https://doi.org/10.1590/S0103-507X2012000300009
Journal volume & issue
Vol. 24, no. 3
pp. 258 – 262

Abstract

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OBJETIVO: Avaliar a influência do conhecimento sobre morte encefálica relacionada à doação de órgãos dos pacientes do Centro de Saúde Escola do Marco, órgão vinculado à Universidade do Estado do Pará. MÉTODOS: Foram entrevistados 136 pacientes, com base em um protocolo de pesquisa, no qual foi analisado o conhecimento sobre morte encefálica e doação de órgãos, além de dados sociodemográficos. RESULTADOS: A maioria por pacientes era do gênero feminino e favorável à doação de órgãos, apresentando média de idade de 39 anos. Apenas 19,9% souberam informar o que era morte encefálica, 85,3% acreditavam que o médico pode se equivocar na firmação do estado de morte encefálica de um paciente e 18,4% confiavam no diagnóstico de morte encefálica. Observou-se relação estatisticamente significante (p<0,01) entre o grau de confiança no diagnóstico de morte encefálica e a pessoa aceitar doar seus órgãos após sua morte. CONCLUSÃO: A maioria da população estudada não compreendia o significado da morte encefálica e apresentava um baixo grau de confiança no diagnóstico de morte encefálica, sendo que esse perfil influência negativamente o desejo de doar órgãos.

Keywords