Revista Espaço Acadêmico (Aug 2021)
Que faço com minha cara negra?
Abstract
Este trabalho se justifica pelas evidências hodiernas de perpetuação de práticas racistas, em decorrência da identificação colonizadora forjada por intermédio de práticas violentas: física e simbólica. Aqui, delineamos como objetivo principal reconhecer como a assunção da Amefricanidade pode ser aparato epistemológico para a superação do racismo por denegação e afirmação da identidade negra na contemporaneidade. Quanto à metodologia, a pesquisa é de caráter qualitativo, nela se propõe um estudo de caso através da análise de narrativas de episódios de uma vivência afro-brasileira, em diálogo com estudo bibliográfico de epistemologias pós e decolonialistas de autores como Homi K. Bhabha, Francisco Bethencourt, Nilma L. Gomes, Frantz Fanon, Lélia Gonzalez, Stuart Hall e Abdias Nascimento. Consideramos que a assunção da Amefricanidade, pode ser forte aliada na superação da denegação e recalque branqueador, sob a prerrogativa de que apesar deles é possível reconstruir representações positivas, em que negros e negras desempenham papeis político-sociais relevantes.