Acta Paulista de Enfermagem (Sep 2024)

Sofrimento mental, suporte familiar e empoderamento de pessoas transgênero

  • José Carlos da Silva Lins,
  • Verônica de Medeiros Alves,
  • Veruska Andrea dos Santos,
  • Amuzza Aylla Pereira dos Santos

DOI
https://doi.org/10.37689/acta-ape/2024ao00002465
Journal volume & issue
Vol. 37

Abstract

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Resumo Objetivo Identificar a presença de sofrimento mental, o suporte familiar e o empoderamento de pessoas transgênero residentes no Estado de Alagoas, Brasil. Métodos Estudo transversal, descritivo, quantitativo. Pessoas transgênero maiores de 18 anos que residiam no Estado de Alagoas foram incluídas no estudo. As entrevistas foram realizadas na plataforma Google Meet, mediante agendamento telefônico e WhatsApp. Foram utilizados: Questionário de identificação, Inventário de Ansiedade Traço-Estado, Escala de Depressão, Inventário de Percepção de Suporte Familiar e Escala de Empoderamento. Os dados foram inseridos no software Statistical Package For The Social Sciences 23, e analisados por meio de cálculo de frequências, médias, desvio-padrão e teste de Pearson Chi-Square. Resultados Foram entrevistadas 37 pessoas transgênero, com idade média de 27,35 anos, cor autorreferida preta/parda (91,8%), apresentando ideação suicida no último ano (48,6%), tentativa de suicídio (35,1%), risco para depressão (64,9%) e baixo suporte familiar (94,6%). Mulheres transgênero e pansexuais apresentaram maior traço de personalidade ansiosa e mulheres transgênero e bissexuais vivenciavam um maior estado ansioso. Houve maior comprometimento em pessoas heterossexuais na dimensão Afetivo-Consistente; em pessoas pansexuais, na dimensão Adaptação Familiar; em pessoas bissexuais, na dimensão Autonomia Familiar. O Ativismo Comunitário apresentou-se mais comprometido no empoderamento de pessoas transgênero. Conclusão As fragilidades nas relações familiares, aliado às condições de violência e preconceito vivenciados frente à dificuldade de muitos em conviver com a diversidade pode estar contribuindo para o sofrimento mental de pessoas transgênero. É preciso pensar em ações voltadas para a promoção do seu empoderamento, numa rede de apoio interna e externa à família.

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