Pela possibilidade do uso de novas metáforas na pesquisa transcultural: menos distância e mais fricção
Abstract
A metáfora da distância cultural vem dominando a área de estudos transculturais há mais de quatro décadas por meio de uma visão centrada, sobretudo, no interesse econômico e nas diferenças culturais entre países. O uso dessa metáfora se fundamenta em epistemologia positivista e adota lentes de uma visão estreita; embora, paradoxalmente, seja aplicada à área internacional. O objetivo deste artigo é problematizar os argumentos de Shenkar (2001; 2008) e Luo e Shenkar (2007), segundo os quais a metáfora de "distância" não é apropriada para compreensão, descrição e análise do impacto da questão cultural em negócios internacionais. Propõe-se, aqui, sua substituição pela metáfora da "fricção cultural", que captura de forma mais legítima a essência das questões transculturais aplicadas aos fenômenos em negócios internacionais.
Keywords