Clinics (Jan 2007)

Maternal mortality due to arterial hypertension in São Paulo City (1995-1999) A mortalidade materna devido a hipertensão arterial na cidade de São Paulo (1995-1999)

  • Carlos Eduardo Pereira Vega,
  • Soubhi Kahhale,
  • Marcelo Zugaib

DOI
https://doi.org/10.1590/S1807-59322007000600004
Journal volume & issue
Vol. 62, no. 6
pp. 679 – 684

Abstract

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AIM: To describe the case profile of maternal death resulting from hypertensive disorders in pregnancy and to propose measures for its reduction. METHODS: The Committee on Maternal Mortality of São Paulo City has identified 609 cases of obstetric maternal death between 1995 and 1999 with an underreporting rate of 52.2% and a maternal mortality rate of 56.7/100,000 live births. Arterial hypertension was the main cause of maternal death, corresponding to 142 (23.3%) cases. RESULTS: Ninety-five (66.9%) of the deaths occurred during the puerperal period and 34 (23.9%) occurred during pregnancy. The time of death was not reported in 13 (9.2%) cases. Seizures were observed in 41 cases and magnesium sulfate was used in four of them. The causes of death were ruled to be cerebrovascular accident (44.4%), acute pulmonary edema (24.6%), and coagulopathies (14.1%). Cesarean section was performed in 85 (59.9%) cases and vaginal delivery in 15 (16.0%). CONCLUSION: Complications of arterial hypertension are responsible for the high rates of pregnancy-related maternal death in São Paulo City. Quality prenatal care and appropriate monitoring of the hypertensive pregnant patient during and after delivery are important measures for better control of this condition and are essential to reduce disorders in pregnancy.OBJETIVO: Descrever o perfil dos casos de morte materna decorrente de complicações da hipertensão arterial e propor medidas para sua redução. MÉTODOS: De 1995 a 1999 o Comitê de Mortalidade Materna da Cidade de São Paulo identificou 609 casos de morte materna obstétrica, com uma subnotificação de 52,2% e um CMM=56,7/100.000 Nascidos Vivos. A hipertensão arterial foi a principal causa de óbito materno, correspondendo a 142 (23,3%) casos. RESULTADOS: Ocorreram 95 (66,9%) de óbitos no puerpério e 34 (23,9%) durante a gestação. Em 13 (9,2%) casos não se teve referência ao momento do óbito. Houve relato de crises convulsivas em 41 casos com a utilização de sulfato de magnésio em quatro deles. As principais causas determinantes do óbito foram: o acidente vascular cerebral (44,4%), o edema agudo de pulmão (24,6%) e as coagulopatias (14,1%). A cesárea foi realizada em 85 (59,9%) casos e o parto vaginal em 15 (16,0%). Em 28 (19,7%) casos não foi realizada nenhuma conduta para interromper a gravidez e em 14 (9,8%) não se obteve relato do procedimento. CONCLUSÃO: As complicações da hipertensão arterial no ciclo gravídico-puerperal determinam altos índices de mortalidade materna na cidade de São Paulo. A realização de um pré-natal de qualidade e o atendimento apropriado da gestante hipertensa no parto e no pós-parto são medidas de fundamental importância para um melhor controle desse evento, sendo primordial para a redução dessas ocorrências.

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