Desde a descrição inicial do primeiro cateterismo venoso da veia subclávia, efetuada por Aubaniac, em 1952, e especialmente com a explosão de seu uso após o advento da nutrição parenteral, descrita por Dudrick et al., em 1968, várias complicações têm sido descritas, causadas pelo cateterismo venoso, central, percutâneo. Dentre as mais variadas complicações atribuídas a esta técnica, uma das mais importantes é, sem dúvida, a sepse primária, relacionada ao cateter venoso central, devido ao aumento considerável da morbimortalidade do paciente crítico. No entanto, algumas vezes, torna-se complicado efetuar o diagnóstico de sepse primária, relacionada ao cateter venoso central. A razão disso é a dificuldade na diferenciação entre os cateteres que estão realmente causando infecção e aqueles que estão apenas colonizados, mostrando apenas uma cultura positiva. O principal objetivo deste trabalho é apresentar uma revisão atualizada dos principais critérios diagnósticos, clínicos e microbiológicos de sepse primária, relacionada ao cateter venoso central.