Revista Visuais (Dec 2018)
Bodiansky, a esplanada do café Aurora e o sonho de tantas noites de verão
Abstract
Comecei a escrever este texto nos Verões da minha infância. No Vidago. E em Chaves. No Largo General Silveira, debaixo das estrelas. A ver partir a última locomotiva. Meticulosamente, a recolher pinhões nos relvados da piscina do Palace. A fumar os primeiros Definitivos com o Groom do Hotel dos meus avós. No muro de trás. À noite, na esplanada do Café Aurora a ouvir os adultos. Nadir Afonso e o meu pai. A ouvi-los falar sobre os problemas da pintura. Das características essenciais que separam a arquitectura da pintura. Dos critérios espaciais e tipológicos, e da gravidade que assegura a natureza essencialmente estrutural e construtiva do projecto arquitectónico. Das propriedades concretas da terra e do céu. Da fenomenologia do “espaço natural”.
Keywords