Terr@ Plural (Nov 2019)

Book Review: A different kind of animal: how culture transformed our species

  • Piotr Tryjanowski ,
  • Martin Hromada,
  • Fabio Angeoletto

DOI
https://doi.org/10.5212/TerraPlural.v.13i3.0024
Journal volume & issue
Vol. 13, no. 3
pp. 383 – 387

Abstract

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Há muito tempo a singularidade do homem vem sendo enfatizada. Foi mencionado que outras espécies não fazem ferramentas, não produzem cultura, não têm personalidade, e não são capazes de ensinar intencionalmente. Descobriu-se, no entanto, que este não é o caso. Hoje sabemos que os animais conhecem os fundamentos da cultura, da linguagem e até da política. O que significa ser Homo sapiens? Alguns antropólogos e biólogos modernos evitam essas questões. Por outro lado, muitos representantes das ciências sociais ignoram a bagagem evolutiva dos seres humanos. Poderíamos supor que no processo de desenvolvimento das sociedades e adaptação às condições locais, a cultura superou a evolução baseada apenas em fatores naturais? Por exemplo, por que o cristianismo triunfou em Roma, enquanto os gentios sustentavam o culto à força e à saúde? Os cristãos foram perseguidos em um número inimaginável de maneiras, excluídos das suas comunidades, e ainda assim por que o poder de sua influência foi tão imenso? Tais perguntas podem ter sido formuladas por sociólogos da religião ou historiadores, mas um biólogo as formularia? É o que questiona Robert Boyd, professor de Evolução Humana na Universidade do Estado do Arizona, EUA. Boyd não tem medo de controvérsias e, ao mesmo tempo, está muito aberto a críticas. Em um sentido quase literal. Seu livro A different kind of animal. How culture transformed our species (2017) não é apenas um veículo para as ideias de Boyd sobre o papel da cultura na evolução humana, mas também um espaço de debate.

Keywords