Revista Brasileira de Ortopedia (Jan 2009)

Fraturas do planalto tibial Tibial plateau fractures

  • Maurício Kfuri Júnior,
  • Fabrício Fogagnolo,
  • Rogério Carneiro Bitar,
  • Rafael Lara Freitas,
  • Rodrigo Salim,
  • Cleber Antonio Jansen Paccola

DOI
https://doi.org/10.1590/S0102-36162009000600002
Journal volume & issue
Vol. 44, no. 6
pp. 468 – 474

Abstract

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As fraturas do planalto tibial são lesões articulares cujos princípios de tratamento envolvem a redução anatômica da superfície articular e a restauração funcional do eixo mecânico do membro inferior. Contribuem para a tomada de decisões no tratamento dessas fraturas o perfil do paciente, as condições do envelope de tecidos moles, a existência de outros traumatismos associados e a infraestrutura disponível para abordagens cirúrgicas. Para as fraturas de alta energia, o tratamento estagiado, seguindo o princípio do controle de danos, tem como prioridade a manutenção do alinhamento do membro enquanto se aguarda a resolução das más condições de tecidos moles. Já nos traumas de baixa energia, desde que os tecidos moles não sejam um fator adverso, o tratamento deve ser realizado em tempo único, com osteossíntese definitiva. Fixação estável e movimento precoce são variáveis diretamente relacionadas com os melhores prognósticos. Desenvolvimentos recentes, como os implantes com estabilidade angular, substitutos ósseos e imagens tridimensionais para controle intraoperatório, deverão contribuir para cirurgias menos invasivas e melhores resultados.Tibial plateau fractures are joint lesions that require anatomical reduction of joint surface and functional restoration of mechanical axis of a lower limb. Patient profile, soft tissue conditions, presence of associated injuries and the available infrastructure for the treatment all contribute to the decision making about the best treatment for these fractures. High-energy fractures are usually approached in a staged manner respecting the principle of damage control, and are primarily targeted to maintain limb alignment while the resolution unfavorable soft tissue conditions is pending. Low-energy trauma can be managed on a single-stage basis, provided soft tissues are not an adverse factor, with open reduction and internal f-ixation. Stable fixation and early painless joint movement are related to a better prognosis. New developments as locked plates, bone replacements, intraoperative 3D imaging are promising and will certainly contribute for less invasive procedures and better outcomes.

Keywords