Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (Feb 2018)
Quando o antígeno específico da próstata nos leva ao Balint: um relato de caso
Abstract
O benefício do rastreio do câncer da próstata na redução da mortalidade continua controverso. O risco de intervenção médica excessiva, diagnóstica e terapêutica, é significativo, pelo que não devem ser descurados os princípios éticos da prevenção quaternária. A decisão deverá ser sempre partilhada. Mas, para que isto aconteça, é fundamental uma boa comunicação/relação médico-doente. O caso que se descreve aborda estes e demais aspectos, pondo em causa a não utilidade do rastreio. Trata-se de um homem jovem com adenocarcinoma da próstata metastizado que, anos antes, já apresentava uma elevação do antígeno específico da próstata (PSA) que não foi valorizada. Um doente por si só já difícil e cujo diagnóstico desafiou ainda mais a tentativa de criação de uma relação empática. Obstáculo que acabou por ser ultrapassado com sucesso depois do médico de família participar num grupo Balint.
Keywords