Kriterion (Dec 2017)

DONNELLAN, NOMES MILLIANOS E O CONTINGENTE A PRIORI

  • Filipe Martone

DOI
https://doi.org/10.1590/0100-512x2017n13705fm
Journal volume & issue
Vol. 58, no. 138
pp. 539 – 556

Abstract

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RESUMO Neste artigo, primeiramente, apresento tese de Kripke sobre a possibilidade de se adquirir conhecimento de verdades contingentes a priori e a crítica de Keith Donnellan a essa tese. Depois, exploro a distinção que Donnellan faz entre (a) saber que uma sentença é verdadeira e (b) conhecer a verdade que essa sentença expressa. Argumento que essa distinção não é relevante apenas no contexto de sua crítica ao contingente a priori, mas sim para nossa prática com nomes próprios de modo geral. Tento mostrar que conhecer o significado de nomes próprios não se resume à nossa competência linguística com eles, mas depende de termos acquaintance com seus portadores. Se isso é verdadeiro, então a tese do contingente a priori, tal como formulada por Kripke, não pode estar correta.

Keywords