Jornal Brasileiro de Pneumologia (Apr 2009)

Prevalence of developmental defects of enamel in children and adolescents with asthma Prevalência de defeitos do desenvolvimento do esmalte dentário em crianças e adolescentes com asma

  • Rodrigho Pelisson Guergolette,
  • Cássia Cilene Dezan,
  • Wanda Terezinha Garbelini Frossard,
  • Flaviana Bombarda de Andrade Ferreira,
  • Alcindo Cerci Neto,
  • Karen Barros Parron Fernandes

DOI
https://doi.org/10.1590/S1806-37132009000400002
Journal volume & issue
Vol. 35, no. 4
pp. 295 – 300

Abstract

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OBJECTIVE: This study aimed to evaluate the prevalence of developmental defects of enamel (DDEs) in relation to asthma severity, symptom onset and pharmacological treatment in pediatric asthma patients. METHODS: Children and adolescents (68 asthma patients and 68 controls), 5-15 years of age and residents of the city of Londrina, Brazil, were enrolled in the study. Medical and dental histories were collected through the use of a structured questionnaire. Each participant underwent a dental examination in which the examiner employed the DDE index. RESULTS: Of the 68 asthma group subjects, 61 (89.7%) presented dental enamel defects, compared with only 26 (38.2%) of those in the control group. Using multivariate logistic regression analysis, we estimated the risk of DDEs in permanent dentition to be 11 times higher in pediatric subjects with asthma than in those without (OR = 11.88, p = 0.0001). The occurrence of dental enamel defects correlated with greater asthma severity (p = 0.0001) and earlier symptom onset (p = 0.0001). However, dental enamel defects did not correlate with the initiation of treatment (p = 0.08) or the frequency of medication use (p = 0.93). CONCLUSIONS: Pediatric patients with severe, early-onset asthma are at increased risk of dental enamel defects and therefore require priority dental care.OBJETIVO: Avaliou-se a prevalência de developmental defects of enamel (DDEs, defeitos de desenvolvimento do esmalte dentário) em pacientes pediátricos com asma e sua relação com a severidade da asma, o início dos sintomas e o tratamento medicamentoso. MÉTODOS: Os participantes do estudo eram residentes do município de Londrina (PR), com 5 a 15 anos, sendo 68 asmáticos e 68 controles. Foram levantados dados retrospectivos da história médica e de saúde bucal da população do estudo através de um questionário estruturado. Todos os participantes foram submetidos a um exame dental. Para a avaliação dos defeitos de desenvolvimento do esmalte dentário, utilizou-se o Índice DDE. RESULTADOS: Neste estudo, foi observado que 61 (89,7%) dos 68 pacientes asmáticos apresentavam defeitos de desenvolvimento do esmalte dentário quando comparado à ocorrência em 26 (38,2%) dos no grupo controle. Através da análise multivariada por regressão logística, foi observado que um paciente pediátrico com asma apresenta risco aumentado em 11 vezes para o aparecimento de defeitos de desenvolvimento do esmalte em dentes permanentes (OR = 11,88, p = 0,0001). Além disso, foi observado uma associação entre defeitos do esmalte dentário e maior severidade da asma (p = 0,0001) e início dos sintomas mais precoce (p = 0,0001). Não se observou associação entre o início do tratamento (p = 0,08) ou frequência de uso da medicação (p = 0,93) com o aparecimento de defeitos de desenvolvimento do esmalte dentário. CONCLUSÕES: Pacientes pediátricos com asma apresentam risco aumentado para a ocorrência de defeitos de desenvolvimento do esmalte dentário relacionado à severidade da asma e início dos sintomas e, portanto, necessitam de atenção odontológica prioritária.

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