Latin American Research Review (Mar 2018)

The Act of Listening to “Battered” Women: An Ethnographic Comparison of Police and Emergency Responses in São Paulo, Brazil

  • Rocío Alonso Lorenzo,
  • Beatriz Accioly Lins

DOI
https://doi.org/10.25222/larr.348
Journal volume & issue
Vol. 53, no. 1
pp. 96 – 110

Abstract

Read online

In the context of increasing prosecution by victims of domestic violence, this article compares professionals’ responses to specific cases in two different institutional settings in São Paulo, women’s police stations and hospital emergency services. The article focuses on the first encounter of victims with policewomen and health care popular legal advocates. We take “interpretive relativism” (Geertz 1983) as a fundamental framework for comparing, ethnographically, two contrasting cognitive methods for adjudicating truth to the events narrated by the victims: the 'skeletonization' of facts, typical of police officials, and the 'schematization' of social action, typical of human rights practitioners. We conclude that while policewomen are ambivalent regarding women’s capacity to decide for themselves how to use the legal resources offered to them, popular legal advocates, in contrast, seek to empower women by improving their capacity to make well-informed decisions. Resumen No contexto de judicialização crescente por parte das vítimas de violência doméstica, este artigo compara as respostas dadas por profissionais a casos específicos em dois contextos institucionais diferentes, delegacias de defesa da mulher e serviços de emergência hospitalar, ambos situados em São Paulo. O artigo tem como foco o primeiro encontro das vítimas com policiais e promotoras legais populares. Toma-se o “relativismo interpretativo” (Geertz 1983) como abordagem teórica fundamental para comparar, etnograficamente, dois métodos cognitivos diferentes de estabelecer a verdade aos eventos narrados pelas vítimas: a 'simplificação' dos fatos, típica da prática policial, e a 'esquematização' da ação social, típica dos defensores dos direitos humanos. Concluímos que, se bem, as policiais são ambivalentes a respeito da capacidade das vítimas de decidir por si mesmas como utilizar os recursos legais a elas oferecidos; as promotoras legais populares buscam 'empoderar' as vítimas melhorando a capacidade delas para tomar decisões bem informadas.