Arquivos de Neuro-Psiquiatria (Sep 2000)
Paradigms for subdural grids' implantation in patients with refractory epilepsy Paradigmas para implante de placas subdurais em pacientes com epilepsia refratária
Abstract
RATIONALE: The need for invasive monitoring in patients with refractory epilepsy has been greatly reduced by the introduction of new technologies such as PET, SPECT and MRI in the clinical practice. On the other hand, 10 to 30% of the patients with refractory epilepsy have non-localizatory non-invasive preoperative work-up results. This paper reports on the paradigms for subdural electrodes implantation in patients with different refractory epileptic syndromes. METHODS: Twenty-nine adult refractory epileptic patients were studied. Patients were divided into five different epileptic syndromes that represented the majority of the patients who needed invasive recordings: bitemporal (Group I; n=16 ), bi-frontal-mesial (Group II, n=5), hemispheric (Group III; n=2), anterior quadrant (Group IV; n=3) and posterior quadrant (Group V; n=3). All of them were submitted to extensive subdural electrodes' implantation (from 64 to 160 contacts) covering all the cortical surface potentially involved in epileptogenesis under general anesthesia. Results: All patients tolerated well the procedure. There was no sign or symptom of intracranial hypertension except for headache in 22 patients. In all except one Group II patient, prolonged electrocorticographic monitoring using the described subdural cortical coverage patterns was able to define a focal area amenable for resection. In all Groups II-V patients cortical stimulation was able to adequately map the rolandic and speach areas as necessary. CONCLUSION: Despite recent technological advances invasive neurophysiological studies are still necessary in some patients with refractory epilepsy. The standardization of the paradigms for subdural implantation coupled to the study of homogeneous patients' populations as defined by MRI will certainly lead to a better understanding of the pathophysiology involved in such cases and an improved surgical outcome.INTRODUÇÃO: O advento de novas tecnologias de imagem tais como o PET, SPECT e RM diminuíram em muito a necessidade da utilização de eletrodos invasivos na investigação pré-operatória de pacientes epilépticos. No entanto, 10 a 30% dos pacientes com epilepsias refratárias ainda possuem investigação não-invasiva inconclusiva. Este estudo relata nossos paradigmas para o implante de eletrodos subdurais nesta população de epilépticos refratários. MÉTODOS: Vinte e nove pacientes portadores de epilepsias refratárias foram estudados. Eles foram divididos em 5 grupos de síndromes epilépticas que incluíam a maioria dos pacientes submetidos a implantes: bitemporais (grupo I; n=16), bifrontomesiais (grupo II; n=5), hemisféricos (grupo III; n=2), quadrante anterior (grupo IV; n=3) e quadrante posterior (grupo V; n=3). Todos foram submetidos a extensos implantes subdurais (de 64 a 160 contatos) cobrindo todo o córtex potencialmente epileptogênico, sob anestesia geral. RESULTADOS: Todos pacientes toleraram bem o procedimento. Vinte e dois pacientes referiram cefaléia. Não houve outro sinal ou sintoma sugestivo de hipertensão intracraniana. Com exceção de um paciente do grupo II, a monitorização eletrocorticográfica crônica foi capaz de definir uma área focal própria para a ressecção cortical. A estimulação cortical foi capaz de mapear as áreas eloquentes necessárias em todos os pacientes dos grupos II a V. CONCLUSÃO: Alguns pacientes com epilepsia refratária ainda necessitam de avaliação invasiva apesar dos avanços nos métodos diagnósticos pré-operatórios. A padronização dos paradigmas para implante subdural destes pacientes bem como o estudo de populações homogêneas de pacientes definidas por RM levará a melhor compreensão da fisiopatologia envolvida nestes casos bem como a melhores resultados cirúrgicos.
Keywords