Revista Brasileira de Ortopedia (Apr 2011)

Lesão oculta da articulação manúbrio-esternal associada à fratura da coluna torácica Occult manubriosternal joint injury associated with fracture of the thoracic spine

  • Carlos Fernando Pereira da Silva Herrero,
  • Maximiliano Aguiar Porto,
  • Marcello Henrique Nogueira-Barbosa,
  • Helton Luiz Aparecido Defino

DOI
https://doi.org/10.1590/S0102-36162011000200017
Journal volume & issue
Vol. 46, no. 2
pp. 211 – 214

Abstract

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Os autores relatam a ocorrência de lesão oculta da articulação manúbrio-esternal na avaliação inicial de um paciente com fratura da coluna torácica (T9). Foi diagnosticada fratura de T9 no paciente do sexo masculino de 37 anos de idade associada a déficit neurológico parcial. No atendimento inicial, as radiografias realizadas não demonstraram a lesão da articulação manúbrioesternal. Durante a reabilitação, após a estabilização cirúrgica da fratura da coluna torácica, subitamente o paciente sentiu dor intensa, acompanhada de deformidade ao nível do esterno, tendo sido diagnosticada luxação manúbrio-esternal nos exames de imagem. Devido à recidiva da luxação e de dor incapacitante, foi necessária a realização da redução aberta e fixação da articulação manúbrio-esternal. Na avaliação após 12 meses, o paciente apresentou recuperação completa da lesão neurológica, consolidação da artrodese do segmento vertebral T7-T11, e manutenção da redução da articulação manúbrio-esternal, que era assintomática durante a realização das atividades cotidianas.The authors report the occurrence of an occult manubriosternal joint injury in the initial evaluation on a patient with a thoracic spine fracture (T9). This T9 fracture was diagnosed in a 37-year-old man and was associated with a partial neurological deficit. At the initial evaluation, the radiographs produced did not show the manubriosternal joint injury. During rehabilitation, after surgical stabilization of the thoracic spine fracture, the patient suddenly felt an intense pain accompanied by deformation at the sternal level. From imaging examinations, manubriosternal dislocation was diagnosed. Because of recurrence of the dislocation and the incapacitating pain, open reduction and fixation of the manubriosternal joint had to be performed. At the 12-month follow-up, the patient presented complete recovery of the neurological lesion, consolidation of the arthrodesis on the T7-T11 vertebral segment and maintenance of the reduction of the manubriosternal joint, which was asymptomatic during daily activities.

Keywords