Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (Mar 2011)

Leishmaniose mucosa: considerações epidemiológicas e de tratamento

  • Caroline Sampaio Alves Nunes,
  • Juliano Kazuo Yoshizawa,
  • Rosangela Ziggiotti de Oliveira,
  • Airton Pereira de Lima,
  • Letícia Ziggiotti de Oliveira,
  • Meiri Vanderlei Nogueira de Lima

DOI
https://doi.org/10.5712/rbmfc6(18)145
Journal volume & issue
Vol. 6, no. 18

Abstract

Read online

Na região Sul do Brasil, a leishmaniose tegumentar americana predomina no Estado do Paraná, especialmente ao Norte e Oeste, onde um dos circuitos de produção da doença é localizado. Estima-se que 3 a 5% dos casos de leishmaniose cutânea desenvolvam lesão mucosa, e que cerca de 1% destas podem evoluir para óbito. De longa data, as drogas de escolha para tratamento da doença são os compostos antimoniais sob a forma de sais pentavalentes. O objetivo deste estudo foi descrever características epidemiológicas e de tratamento dos pacientes com leishmaniose mucosa, diagnosticados no período de 2001 a 2007, em municípios localizados na área de abrangência da 13ª Regional de Saúde, com sede no município de Cianorte, no Paraná. As informações foram coletadas do prontuário ambulatorial e das fichas de investigação epidemiológicas do Sistema de Notificação e Informação de Agravos. No período estudado, foram notificados 505 casos de leishmaniose tegumentar americana, 30 deles (6%) na forma mucosa. Foram incluídos no estudo pacientes com diagnóstico de leishmaniose mucosa, que apresentavam exames complementares realizados antes e durante o tratamento. Os resultados evidenciaram a necessidade de acompanhamento cuidadoso dos doentes nas equipes de saúde, dado a possível evolução e presença de efeitos medicamentosos indesejáveis nos pacientes afetados pela condição.

Keywords