Tempus Actas de Saúde Coletiva (Feb 2015)

Fatores associados à Síndrome de Burnout entre profissionais intensivistas de hospital universitário.

  • Claidson Felipe Campanha ALKIMIM,
  • Bernard Magalhães Pinto PRADO,
  • Danilo Lima CARREIRO,
  • Laura Tatiany Mineiro COUTINHO,
  • Marney Regina Ribeiro LIMA,
  • Andrea Maria Eleutério de Barros Lima MARTINS,
  • Wagner Luiz Mineiro COUTINHO,
  • Ana Laura Fonseca LEITE

DOI
https://doi.org/10.18569/tempus.v8i4.1590
Journal volume & issue
Vol. 8, no. 4
pp. 157 – 176

Abstract

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Objetivo: Avaliar prevalências da Síndrome de Burnout (SB) e dimensões -exaustão emocional (EE), despersonalização (DE) e baixa realização profissional (BRP)- entre profissionais intensivistas e identificar suas associações com variáveis individuais, ocupacionais e organizacionais. Métodos: Estudo analítico entre intensivistas de hospital universitário de Montes Claros-MG. Utilizou-se para coleta de dados Maslach Burnout Inventory, Critério de Classificação Econômica Brasil e questionário “variáveis individuais, ocupacionais e organizacionais”. Resultados: As prevalências da SB e dimensões (EE-DE-BRP) foram respectivamente: 34,0%; 16,9%; 19,4% e 17,9%. Por análise multivariada registrou-se maior chance de desenvolver SB entre homens às mulheres; pessoas que identificam o trabalho como “às vezes/quase sempre/sempre” estressante àquelas que o identificam como “nunca/quase nunca” estressante; e pessoas que “não concordam e nem discordam/concordam em parte/concordam totalmente” que escolheriam outra profissão com a mesma remuneração àquelas que “discordam totalmente/em parte” na escolha de outra profissão. Maior chance de desenvolver EE: entre “solteiros/divorciados/desquitados” aos casados; entre os que têm “ruim/regular” motivação com o trabalho àqueles cuja motivação é “boa/muito boa/excelente”; e entre aqueles que percebem que “às vezes/quase sempre/sempre” as pessoas são tratadas desigualmente àqueles que percebem que “nunca/quase nunca” existe tratamento desigual. Maior chance de desenvolver DE: entre aqueles que “nunca consumiram bebida alcóolica” àqueles que “consomem/não consomem mais”; e entre aqueles com “ruim/regular” expectativa profissional àqueles com expectativa “boa/muito boa/excelente”. Conclusão: As prevalências registradas são preocupantes sendo que SB e dimensão DE associaram-se às variáveis individuais e ocupacionais e EE associou-se às variáveis individuais, ocupacionais e organizacionais.