Revista de Geografia (Recife) (Nov 2024)

Identificação das áreas vulneráveis à transferência de poluentes para o rio Ipojuca/Pe

  • Maria Fernanda Abrantes Torres,
  • Fátima Verônica Pereira Vila Nova,
  • Clara Rodrigues Pereira

DOI
https://doi.org/10.51359/2238-6211.2024.264838
Journal volume & issue
Vol. 41, no. 4

Abstract

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O presente estudo visa identificar as áreas mais vulneráveis à transferência de poluentes para o Rio Ipojuca, localizado no estado de Pernambuco, Nordeste do Brasil. Essa identificação foi realizada através da delimitação das Áreas de Preservação Permanente (APPs) ao longo das faixas marginais do rio. Para tanto, foram utilizadas ferramentas de georreferenciamento, que possibilitaram uma análise espacial detalhada das APPs, com foco principal na cobertura vegetal existente nessas áreas. A metodologia adotada visou classificar o nível de vulnerabilidade à poluição das áreas analisadas, levando em consideração a extensão e a densidade da cobertura vegetal, que desempenha um papel crucial na proteção das margens do rio, a partir do Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (IVDN). Os dados obtidos permitiram dividir as áreas de estudo em três diferentes níveis de vulnerabilidade: baixo, médio e alto. A análise espacial, realizada com o suporte de ferramentas de georreferenciamento, assegurou a precisão na delimitação das Áreas de Preservação Permanente (APPs) e na avaliação da cobertura vegetal, elementos essenciais para a categorização das áreas de vulnerabilidade. Os resultados indicaram que municípios como Arcoverde, Sanharó, São Bento do Una, Poção, Pesqueira e Belo Jardim apresentam altos níveis de vulnerabilidade à transferência de poluentes, devido à presença de menos de 30% de matas ciliares. São Caetano foi classificado com nível moderado de vulnerabilidade, enquanto Pombos, Sairé, Gravatá, Caruaru, Bezerros, Primavera e Chã Grande apresentaram baixos níveis. Concluiu-se que a identificação das áreas mais vulneráveis é crucial para um planejamento ambiental eficaz, pois pode orientar projetos de recuperação e restauração de APPs e recursos hídricos, contribuindo diretamente para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da ONU.

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