Revista Brasileira de Zootecnia (Jan 2002)
Avaliação das Farinhas de Peixe e Pena, no Confinamento de Bezerros Leiteiros Desmamados, Através de Dietas Calculadas em Termos de Proteína Bruta ou de Proteína Metabolizável
Abstract
Os objetivos deste trabalho foram avaliar três fontes protéicas - o farelo de soja e as farinhas de peixe e de pena - e dois métodos de cálculo de rações - o calculado em termos de proteína bruta (PB), segundo recomendações do NRC (1988), e o proposto pelo AFRC (1993), calculado em termos de proteína metabolizável (PM) - através do desempenho de bezerros leiteiros. Os animais foram confinados e submetidos a cinco dietas, que variavam apenas as fontes protéicas em sua composição, assim discriminadas: FS- Farelo de Soja, FPx- Farinha de Peixe, FPn- Farinha de Pena, FPxU- Farinha de Peixe e Uréia, e FPnU- Farinha de Pena e Uréia. Forneceu-se uma dieta completa, composta de 40% de silagem de sorgo e 60% de concentrado, na MS. Todos os tratamentos possuíam cerca de 2,56 Mcal/kg MS de energia metabolizável, sendo os tratamentos FS, FPx e FPn calculados pelo sistema de PB, possuindo 18% de PB, e os tratamentos FPxU e FPnU, calculados pelo sistema de PM, possuindo 16,3% de PB e uma mesma quantidade de proteína metabolizável que o tratamento FS, com 112,0 gramas de PM/dia. Individualmente, os tratamentos não apresentaram diferenças significativas (P>0,05) no peso vivo final, no ganho de peso diário e no consumo de matéria seca, havendo diferenças apenas na conversão alimentar. A melhor conversão alimentar ocorreu no tratamento FPx, e a pior, no tratamento FPnU. Concluiu-se que o método de cálculo utilizando PM proporcionou resultados semelhantes aos do método de PB. Os tratamentos com farinha de peixe proporcionaram maiores ganhos de peso, menores consumos e melhor conversão alimentar que os tratamentos com farinha de pena, permanecendo o tratamento farelo de soja com o ganho de peso intermediário.