Terrae Didatica (Jun 2015)
Movimento de consolidação nacional de novas bases para o ensino de geociências
Abstract
Este artigo do evento “Interfaces Geociências e Ensino: 40 anos de experiências (1973-2013)” divide em três fases distintas as manifestações das preocupações da comunidade geológica em relação a questões educacionais. O trabalho situa o envolvimento e a participação organizada da comunidade na segunda fase desse longo processo, da qual resultaram recomendações determinantes para o ensino de graduação. O conjunto de orientações sobre o Ensino de Geologia no Brasil pode ser sintetizado da seguinte forma: (1) recomenda-se o perfil ideal do geólogo definido durante os eventos de Camboriú/SC e o Simpósio de Belo Horizonte/MG como parâmetro básico para mudanças no Ensino de Geologia; (2) deve-se evitar qualquer forma de especialização nos cursos de Geologia; (3) as atividades de campo são essenciais para a formação do geólogo e devem centralizar o Ensino de Geologia, do início ao final do curso; (4) solicita-se ao MEC o custeio das atividades do Centro de Geologia Eschwege; (5) deve haver constante avaliação do ensino pelos professores e alunos dos cursos de Geologia; (6) as entidades do setor devem discutir formas para avaliar e acompanhar o Ensino de Geologia; (7) a comunidade geológica repudia a política educacional do governo, de privatização das Universidades Públicas, e defende que cabe ao MEC manter a pesquisa e o ensino nessas instituições; (8) a comunidade geológica entende que deve haver discussão permanente nas escolas sobre implementação do currículo pleno e metodologia do ensino; (9) os cursos de Geologia devem discutir e contribuir para profunda democratização nas universidades brasileiras.
Keywords