Arquivos de Gastroenterologia (Sep 2008)
Liver transplantation for acute liver failure: a 5 years experience Transplante hepático na hepatite fulminante: uma experiência de 5 anos
Abstract
BACKGROUND: Fulminant hepatic failure carries a high morbidity and mortality. Liver transplantation has markedly improved the prognosis of patients with fulminant hepatic failure. AIM: To evaluate the outcome of 20 patients with acute liver failure and indication for liver transplantation. METHODS: A retrospective review of 20 patients with acute liver failure and indication for liver transplantation was performed. Patients were divided into two groups: group A with 12 patients who underwent liver transplantation and group B with 8 patients who did not receive liver transplantation. Both groups were analyzed according to age, sex, ABO blood type, etiology of acute liver failure, time on list until transplantation or death, and survival rates. Group A patients were additionally analyzed according to preoperative INR, AST, and ALT peak values and MELD (Model for End-stage Liver Disease) scores; intraoperative red blood cells and plasma transfusion and cold ischemia time; postoperative lenght of intensive care unit and hospital stay, and needed for dialysis. RESULTS: Group A: there were four men and eight women with an average age of 24.6 years. The average liver waiting time period was 3.4 days and MELD score 36. Seven patients are alive with good hepatic function at a medium follow-up of 26.2 months. The actuarial survival rate was 65.2% at 1 year. Group B: There were two men and six women with an average age of 30.9 years. The mean waiting time on list until death was 7.4 days. All patients died while waiting for a liver donor. CONCLUSION: Despite the improvements in intensive care management, most patients with acute liver failure and indication for liver transplantation ca not survive long without transplant. Liver transplantation is potentially the only curative modality and has markedly improved the prognosis of those patients.RACIONAL: OBJETIVO: Avaliar a evolução de 20 pacientes com insuficiência hepática aguda e indicação de transplante hepático. MÉTODOS: Foi realizado estudo retrospectivo de 20 pacientes com insuficiência hepática aguda e indicação de transplante hepático. Os pacientes foram divididos em dois grupos: grupo A com 12 pacientes que foram submetidos a transplante hepático e grupo B com oito pacientes não submetidos a transplante hepático. Ambos os grupos foram analisados de acordo com idade, sexo, tipagem sangüínea, etiologia da insuficiência hepática aguda, tempo em lista até o transplante ou até o óbito e sobrevida. Os pacientes do grupo A foram ainda analisados de acordo com o escore MELD (Model for End-stage Liver Disease), valores de pico pré-operatório de INR, AST e ALT, necessidade de transfusão de concentrado de hemácias e plasma fresco congelado durante o transplante, tempo de isquemia fria, tempo de permanência hospitalar e em unidade de terapia intensiva e necessidade de diálise no pós-transplante imediato. RESULTADOS: Grupo A: o tempo médio de espera em lista até o transplante foi de 3,4 dias e o MELD médio, de 36. Sete pacientes continuam vivos com boa função hepática em um tempo médio de seguimento de 26,2 meses. A sobrevida atuarial em 1 ano foi de 65,2%. Grupo B: foram estudados dois homens e seis mulheres com média de idade de 30,9 anos. O tempo médio de espera em lista até o óbito foi de 7,4 dias. Todos os pacientes foram a óbito esperando por um doador. CONCLUSÃO: Mesmo com todos os avanços nos cuidados de terapia intensiva, a maioria dos pacientes com insuficiência hepática aguda e indicação de transplante hepático não sobrevivem por muito tempo sem o transplante. O transplante hepático é potencialmente a única terapêutica curativa atualmente disponível e melhorou consideravelmente o prognóstico desses pacientes.
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