Colloquium Humanarum (Mar 2018)
DANÇA E CULTURAS JUVENIS NO ENSINO MÉDIO
Abstract
O presente artigo refere-se a um recorte da dissertação intitulada “Os jovens e as Danças nas aulas de Educação Física: um desvelar das Culturas Juvenis” desenvolvida junto ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Ciências e Tecnologia, UNESP – Campus de Presidente Prudente, vinculada à Linha de Pesquisa: Processos formativos, infância e juventude. A pesquisa realizada em uma escola da rede pública de ensino decorreu da constatação de uma professora de Educação Física de que dentre todas as manifestações corporais da Educação Física escolar (esportes, atividades rítmicas/danças, jogos, lutas e ginástica), os jovens alunos do Ensino Médio participavam menos quando se tratavam das aulas com o conteúdo dança. Perante essas evidências, objetivamos compreender os motivos e as justificativas dos alunos no que se referem à vivência do conteúdo dança nas aulas de Educação Física e verificar como a dança, conteúdo da cultura corporal de movimento, era trabalhada nas aulas de Educação Física pela professora para que esta alcançasse seus objetivos. Empregamos metodologia de abordagem qualitativa com pressupostos da pesquisa do tipo etnográfica e utilizamos como procedimentos metodológicos para coleta e análise dos dados, respectivamente, o questionário, a observação participante, a entrevista semi-estruturada e a triangulação dos dados. Os participantes foram os jovens alunos de uma sala de 2º ano do Ensino Médio e a professora de Educação Física dessa turma. Os resultados demonstraram que apesar das literaturas referentes aos estudos no campo da juventude, bem como da dança apontarem que a dança faz parte das manifestações culturais juvenis, na escola investigada ela não estava presente nas manifestações da cultura corporal de movimento dos jovens alunos no seu cotidiano, refletindo na recusa ou pouca participação nas aulas de Educação Física com este conteúdo. Diante disso, sublinhamos que é preciso conhecer os jovens alunos, bem como respeitar as suas manifestações culturais juvenis no âmbito escolar para que o Ensino Médio, de fato, seja significativo.