Pensar Enfermagem (Nov 2017)

Relação terapêutica e emoções

  • Paula Diogo

DOI
https://doi.org/10.56732/pensarenf.v21i1.132
Journal volume & issue
Vol. 21, no. 1

Abstract

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No paradigma de enfermagem da integração-interação, os enfermeiros integraram a abordagem do holismo nos seus cuidados, valorizando as necessidades emocionais, sociais e espirituais das pessoas cuidadas, e no seu cerne os relacionamentos próximos. Porém, os cuidados centrados no relacionamento fizeram emergir questões relacionadas com as emoções dos enfermeiros e dos clientes em interação, pois todo o processo relacional está impregnado de emoções. O principal objetivo deste artigo de reflexão conceptual é a discussão sobre a influência das emoções na relação de cuidados de enfermagem, as estratégias de gestão dos relacionamentos e os estilos de proximidade e/ou distanciamento emocional adotados pelos enfermeiros na relação terapêutica em enfermagem. Mas é, principalmente, um estímulo ao debate científico sobre as características da relação terapêutica, com enfoque na influência das emoções dos protagonistas desta relação. Na evidência científica consultada não existe consensualidade sobre a adequabilidade do envolvimento/ distanciamento emocional na relação terapêutica em enfermagem, sendo apontadas várias vantagens e desvantagens para os enfermeiros e para os clientes. O foco desta “discussão” evidencia a importância da competência emocional dos enfermeiros (habilidades de gestão emocional) nas relações complexas e exigentes, nas quais o cliente experiencia uma emocionalidade intensa e perturbadora associada aos processos de saúde-doença, evitando o stress e burnout na prática de enfermagem.

Keywords