Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Apr 1997)
Cirurgia de revascularização completa do miocárdio sem circulação extracorpórea: uma realidade
Abstract
No período de janeiro de 1995 a dezembro de 1996, nossa equipe cirúrgica procurou sintematizar a cirurgia de revascularização completa do miocárdio sem circulação extracorpórea. Foram realizadas 385 operações de revascularização do miocárdio, das quais 333 (86%) sem o uso de circulação extracorpórea. O objetivo do presente estudo é analisar os resultados imediatos destes 333 pacientes, no que concerne ao tempo de permanência hospitalar, idade, sexo, número de enxertos e morbimortalidade. Todos os pacientes foram submetidos a cineangiocoronariografia prévia. Realizaram-se pontes para todas as coronárias, inclusive para as marginais da circunflexa. A idade variou de 35 a 86 anos, com média de 61 anos. O sexo masculino foi predominante com 214 (64%) pacientes. O tempo médio de permanência hospitalar foi de 7 dias. O número total de pontes implantadas foi 625, variando de 1 a 4, com média de 1,9 pontes por paciente. Houve 7 casos de complicações sem óbitos, perfazendo um total de 2% de morbidade. Registraram-se 10 óbitos no pós-operatório imediato, equivalentes a 3% de mortalidade. Em face dos dados obtidos, concluímos que este método pode ser utilizado para a grande maioria dos pacientes a serem submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio, com baixa morbimortalidade.From January/95 to December/96 our surgical team (ICORP - Fortaleza - Ceará), has performed coronary artery surgery without cardiopulmonary bypass (CPB) as a routine. During this period, 385 operations were sequencially performed, 86 per cent of them (333) without CPB. The purpose of this study is to evaluate the results of these 333 patients regarding hospitalization time, age, gender, number of grafts, functional status and morbimortality. All patients were submitted to previous coronary arteriography. All coronaies were by-passed, including the circumflex marginal artery. The age of these patients ranged from 35 to 86 years with a mean age of 61. The average time of hospitalization was 7 days; 625 grafts were placed varying from 1 to 4 with an average of 1.9 by patient. The incidence of procedure related with complications was 2 per cent (7 patients). Ten patients died in the early postoperative course. Considering the data obtained herein we conclude that this procedure can be used in the great majority of patients that undergo coronary artery surgery.
Keywords