Revista Brasileira de Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde (Dec 2023)

Perfil farmacoterapêutico, clínico e sociodemográfico de adultos e idosos atendidos ambulatorialmente em um hospital psiquiátrico no Rio de Janeiro

  • Cristiane Santos TEODORO,
  • Rafael Maciqueira DA SILVA,
  • Vania SANTOS

Journal volume & issue
Vol. 14, no. 4

Abstract

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Objetivo: Examinar o perfil de dispensação de medicamentos psicotrópicos e características clínicas e sociodemográficas de adultos e idosos atendidos em um hospital psiquiátrico universitário público no município do Rio de Janeiro. Métodos: Estudo transversal descritivo, com análise de dados de dispensação de psicotrópicos realizada em setembro de 2018 e análise de prontuários a partir dessas receitas. Resultados: A média de prescrições de psicotrópicos por paciente no ambulatório geral foi de 2,63, e 1,84 no geriátrico. Os subgrupos farmacológicos mais prescritos nos dois ambulatórios foram de antipsicóticos, antiepilépticos e antidepressivos, representados, respectivamente, pela risperidona, clonazepam e fluoxetina no ambulatório geral, e pela risperidona, clonazepam e citalopram no geriátrico. O principal perfil dos pacientes atendidos pelo ambulatório geral foi de pessoas do sexo feminino (60,97%), solteiras (60,32%), sem ocupação (55,48%) e com idade media de 48,9 anos. Os principais diagnósticos identificados no ambulatório geral foram transtorno de humor (35,57%), esquizofrenia (18,94%) e transtornos de personalidade (18,24%). No ambulatório geriátrico, o perfil predominante foi de pessoas do sexo feminino (69,49%), casadas (45,76%), sem ocupação (81,36%) e com idade média de 73,5 anos. Os diagnósticos mais prevalentes foram transtorno de humor (27,27%), outras doenças degenerativas do sistema nervoso (24,24%) e transtornos mentais orgânicos (21,21%). Conclusão: A identificação do perfil de usuários atendidos nos dois ambulatórios do hospital avaliado pode contribuir para maior eficiência na prescrição, dispensação e uso de psicofármacos através do estabelecimento de políticas institucionais que assegurem o uso adequado de medicamentos, da otimização das atividades de assistência farmacêutica realizadas na unidade, e da elaboração de estratégias de apoio e reintegração social desses indivíduos.